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terça-feira, 29 de setembro de 2020
Dica de leitura - Aprender e ensinar na educação infantil
Este livro é um instrumento ótimo para uma reflexão, análise e otimização da prática educativa dirigida a crianças pequenas.
Não é um receituário, tampouco um discurso genérico.
Não diz o que precisa ser feito, nem como fazê-lo, mas justifica determinadas orientações na hora de tomar decisões.
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segunda-feira, 28 de setembro de 2020
domingo, 27 de setembro de 2020
Texto para estudo: " A importância do brincar na infância"
É importante
compreender a pedagogia do brincar, enquanto a reflexão, o debate e a pesquisa
precisam ser contínuos para que se aproveite todo o seu potencial na
aprendizagem das crianças
O conceito de brincar é infinitamente flexível, oferecendo escolhas e
permitindo liberdade de interpretação.
Assim, o objetivo deste artigo é
incentivar os leitores a examinar suas percepções acerca do brincar.
A maioria
dos profissionais que trabalham com a educação e o cuidado inicial de crianças
pequenas ao redor do mundo normalmente concorda que brincar é importante para o
desenvolvimento, a aprendizagem e o bem-estar delas. Mas será que aqueles
trabalham com crianças mais velhas, as autoridades ou o público em geral
compreendem que brincar para aprender e se desenvolver é essencial tanto para
as crianças quanto para os adultos?
Pode haver crenças diferentes sobre o que encerra o conceito de brincar,
dependendo da cultura, do papel profissional, do treinamento e das experiências
prévias.
O desafio oferecido ao leitor é, portanto, refletir sobre quais podem
ser as semelhanças e diferenças entre as diversas perspectivas sobre o brincar,
além de se envolver com esses diferentes debates.
Alguns consideram que o
brincar é uma questão ligada ao desenvolvimento, e não à educação; outros que
brincar é somente para crianças pequenas; ou que o brinquedo não deve ser
contaminado pela interferência dos adultos, sendo livremente escolhido pelas
próprias crianças; ou que divertir-se é o elemento-chave para definir o que é
brincar.
Ao se reunir para escrever o primeiro capítulo de Brincadeiras: aprender para a
vida (Brock et al., 2011), os três autores constataram que, apesar de pertencer
aos diferentes campos da psicologia, da educação e do recreacionismo, eles
concordavam que brincar é de importância crucial, e revelou-se que suas
perspectivas eram muito mais semelhantes do que teriam imaginado.
Os profissionais devem ser capazes de justificar a oferta de atividades lúdicas
a um público variado, incluindo autoridades, pais e até mesmo as próprias
crianças.
Na verdade, elas têm as opiniões mais fortes sobre o brincar.
Uma
pesquisa sobre a boa infância (2009), realizada no Reino Unido, reuniu
informações de 1.200 crianças e 1.700 adultos. Elas declararam ser muito
importante brincar com os amigos, pois adquirem um sentido de identidade e
pertencimento ao compartilhar experiências brincando.
O art. 31 dos Direitos da Criança do Reino Unido afirma que todas as crianças
têm o direito de relaxar e brincar e que pode haver sofrimento quando isso não
é possível.
O trabalho de Brown (2011) com crianças em orfanatos romenos
fornece exemplos de como elas foram negligenciadas - não puderam socializar-se
nem exercitar-se porque permaneceram amarradas a seus berços. Fez muita
diferença para o desenvolvimento das crianças o fato de adultos e estudantes
terem sido estimulados a brincar com elas.
O conteúdo das brincadeiras pode
variar de acordo com a cultura infantil, mas a essência do brincar mantém-se
firme em todas as culturas para todas as crianças, inclusive as portadoras de
deficiências.
Como avó de Oscar e James há pouco tempo, ambos atualmente com um ano de idade,
estou impressionada com sua capacidade de brincar, que eu vi desenvolverem
desde os três meses, quando dei a cada um deles uma "cesta do tesouro"
(Doherty, 2011) que eu mesma tinha montado com todo o carinho. Colecionei
objetos cotidianos para exploração multissensorial para que eles pudessem
iniciar suas primeiras experiências de brincar. Por meio da observação, comecei
a desenvolver meu conhecimento e minha compreensão sobre como os bebês brincam. Eu já havia lido, escrito e pesquisado com pais e educadores da primeira
infância sobre bebês, mas desta vez eu estava tendo incríveis experiências em
primeira mão. Com apenas um ano de idade, as crianças já são brincadores
capazes - adoram seu mundo de pequenos bonecos, seus instrumentos musicais,
carrinhos e caixas de brinquedo. Elas levam o brincar a sério, e é emocionante
analisar sua aprendizagem e seu desenvolvimento.
Brincar ao ar livre figura enfaticamente nas lembranças das pessoas no Reino
Unido. Talvez esta seja a época em que elas se sentiram mais livres,
aventureiras, exploradoras e felizes com os amigos.
Quando se perguntou a um
grupo de adultos o que eles recordavam sobre seu brincar quando jovens, uma
resposta comum referia-se às cavernas que construíam - debaixo das mesas, em um
galinheiro, usando secadoras de roupa de madeira.
Em um grupo pré-escolar
Waldorf Rudolph Steiner, sete dessas sacadoras foram oferecidas a crianças de 2
a 6 anos, as quais elas usaram para recriar ambientes da vida real.
As crianças
decidiam por si mesmas os papéis que desempenhavam, selecionando recursos de
uma coleção de tecidos, roupas e caixas de papelão, podendo refletir sobre suas
experiências lúdicas para os adultos no ambiente.
Os profissionais de educação e assistência infantil do Reino Unido trabalham
com uma pedagogia baseada no brincar, um conceito complexo e caracterizado por
definições contemporâneas variadas.
A pedagogia compreende princípios, teorias,
percepções e desafios que informam e moldam a oferta de oportunidades de
aprendizagem.
Ao oferecer uma pedagogia baseada no brincar, os profissionais
consideram os métodos, a organização, as atividades, os recursos e o apoio
adulto em seu planejamento para que as crianças possam aprender, ao mesmo tempo
considerando as suas necessidades de desenvolvimento.
Os adultos que trabalham e brincam com crianças têm, portanto, um papel
importante na tomada de decisões sobre a didática apropriada e os ambientes
para brincar.
Eles precisam levar em conta as disposições e a autoestima das
crianças, baseando-se em sua diversidade de legados e experiências culturais,
reconhecendo que as crianças são aprendizes capazes e confiantes, assim como
valorizando as novas experiências que elas trazem todos os dias.
É preciso oferecer um ambiente favorável, que proporcione tempo e materiais
para que as crianças brinquem interativamente e desenvolvam sua competência
social.
Segundo Olusoga (2011), a teoria sociocultural apresenta o
desenvolvimento e o brincar das crianças como processos fundamentalmente
sociais, sendo essencial manter a identidade sociocultural pela oferta de
brincadeiras às crianças. Nesse sentido, temos de salvaguardar o brincar das
crianças, e o papel dos adultos é imprescindível no manejo e no apoio do
brincar. Os bons profissionais são peritos em aproveitar a inclinação das
crianças para aprender, tanto seu apetite por novas experiências quanto sua
inclinação para "brincar".
Crianças pequenas não fazem distinção
entre "brincar" e "trabalhar", e os profissionais devem
tirar proveito disso. Eles precisam compreender o valor de brincar e colocá-lo
em prática com as crianças, oferecendo-lhes ambientes ricos que promovam todos
os tipos de brincadeiras - espontâneas, estruturadas, imaginativas e criativas
- e que lhes permitam realizar seu potencial de desenvolvimento, de educação e
de bem-estar.
O jeito "bagunceiro" de brincar é só isso (caótico, desorganizado e
confuso), ou as crianças estão explorando de forma multissensorial os recursos
naturais e desenvolvendo seu conhecimento científico e matemático enquanto
brincam com areia, água, barro, argila e terra? Os resultados ou realizações
alcançados por meio do brincar são importantes ou os processos envolvidos nas
experiências lúdicas são mais benéficos? A experiência de brincar deve promover
o raciocínio, a resolução de problemas e a exploração, envolvendo certamente
prazer e divertimento.
Também é importante saber o que as crianças pensam enquanto brincam, não apenas
de uma perspectiva do prazer, mas também dos conteúdos e justificativas do que
fazem brincando. Bons profissionais oferecem uma plataforma de apoio para o
aprendizado infantil e promovem sua metacognição - o próprio pensamento das
crianças sobre suas experiências lúdicas.
As crianças precisam tanto do livre fluxo das brincadeiras de iniciativa
própria quanto dos desafios das intervenções dos adultos. Um envolvimento
adequado pode expandir seu modo de brincar, fazendo-as travar diálogos por meio
de perguntas de sondagem e refletir sobre seu próprio aprendizado através do
brincar. Tal processo desenvolve a compreensão de adultos e crianças, formando
novos entendimentos.
Os profissionais devem, portanto, estar bem-informados sobre a pedagogia do
brincar.
Para o profissional contemporâneo, este é um processo de constante
desenvolvimento, no qual ele se mantém atualizado com sua complexidade e
natureza multidimensional. Uma reflexão crítica sobre a prática pode
desenvolver mais o conhecimento e a compreensão do brincar. Manter-se a par das
pesquisas contemporâneas ajuda a renovar ou mudar a prática daqueles que buscam
oferecer atividades lúdicas de alta qualidade, que satisfaçam as necessidades e
os interesses das crianças.
O pensamento crítico sobre a pedagogia do brincar promove a análise e o
discurso, apoiando a busca por novos entendimentos e permitindo um envolvimento
com diferentes perspectivas. A pesquisa sobre o brincar oferece desafios
interessantes e novas abordagens metodológicas. Quando o conhecimento é
compartilhado mundialmente, diferentes perspectivas tornam-se internacionais,
disseminando a abundância de conhecimentos e práticas sobre o brincar. Isso
também reconhece e dá crédito a sua complexidade, além de trazer inspiração aos
profissionais.
É importante e até emocionante ser capaz de explicar a
aprendizagem que se dá pelo brincar.
Como é relevante haver uma compreensão ampla e profunda da pedagogia do
brincar, a reflexão, o debate e a pesquisa a esse respeito precisam ser
contínuos a fim de promover o entendimento do potencial do brincar e como ele
pode ser aproveitado para a aprendizagem das crianças (Brock, 2011).
O
envolvimento com perspectivas teóricas variadas sobre o brincar promoverá uma compreensão
crítica do brincar equilibrada com as experiências práticas e profissionais.
Assim, os profissionais estarão aptos a participar do debate contemporâneo
sobre a complexidade do brincar no fórum público. Um fator-chave é, então, a
qualidade do conhecimento, do pensamento e da tomada de decisões do
profissional.
Ele deve ter flexibilidade para tomar as próprias decisões
profissionais, examinar sua participação na construção das experiências lúdicas
e contribuir para os desafios que estão sendo propostos.
Este artigo abordou algumas das complexidades que compreendem o que o brincar é
e pode ser.
À medida que as teorias são examinadas e um novo pensamento é
oferecido, as demandas intensificam-se e um maior conhecimento profissional é
necessário.
Por esse motivo, os profissionais devem questionar e discutir as
diversas perspectivas sobre o brincar, com vistas a estimular o próprio
conhecimento.
A pesquisa contemporânea durante a última década exige que
educadores e autoridades reflitam criticamente sobre a prática e as teorias
estabelecidas que sustentem seu provimento, já que o conhecimento e a
compreensão a respeito da complexidade do brincar são imprescindíveis.
Avril Brock
*fonte: Revista Pátio
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Os Três Porquinhos - A versão do Lobo Mau
Todos sabem que, na história dos três porquinhos,
eles eram perseguidos pelo lobo mau.
Mas o lobo se achou no direito de se defender e... veja só o resultado:
Espero que tenham gostado!!!
Até a próxima!!
terça-feira, 22 de setembro de 2020
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
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