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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Elogios e críticas: é importante que os educadores saibam dosar

Por Içami Tiba
Um bom e merecido elogio eleva a alma, aumentando a auto-estima, enquanto uma severa crítica destrutiva congela a pessoa, minando a auto-estima. Tanto elogios quanto críticas chegam de outras pessoas, reforçando ou contrariando o que uma pessoa avalia de si mesma. 
Não costuma ser bem visto um autoelogio, mas uma autocrítica é estimulada em uma sociedade onde se pretende que as pessoas procurem melhorar sempre. Mas não há como impedir que uma pessoa sinta um bem estar quando faz algo que ela mesma aprove e aprecie. Raramente uma pessoa deixa de fazer uma autocrítica, principalmente quando ela tem o hábito de reavaliar a sua participação seja em onde e como for. 
Esta autoavaliação pode ser entendida como se a pessoa tivesse dentro de si um juiz que lhe avaliasse em cada pensamento, sentimento ou ação. Este juiz que habita o interior de todas as pessoas um dia já esteve fora. São os pontos de vista dos seus pais (professores, parentes ou quaisquer outras pessoas) que lhes sejam importantes e significativas. Se estas pessoas foram saudáveis educadores, isto é, souberam dosar bem os elogios e críticas, o juiz é bastante justo. Desenvolve-se o juiz interno como se desenvolve a língua que os circundantes usam. 
Em geral, pais muito severos que só criticam desenvolvem um juiz autocrítico severo, mas um fraco autoelogiador e pais que só elogiam desenvolvem um juiz permissivo que avalia como positiva qualquer ação que venha a praticar. Nem tanto à terra, nem tanto ao mar, mas neste caso, o equilíbrio não está no meio, mas o juiz ser mais crítico ou elogiador conforme a necessidade da própria criança a ser educada. 
Nem todas as crianças nascem iguais. Umas já nascem mais sossegadas e outras mais agitadas. Em geral as mais sossegadas aprontam menos, pois pensam antes de fazer e levam menos broncas que as agitadas que acabam fazendo sem pensar. Broncas e críticas a crianças mais tranquilas tornam o seu juiz interno muito autocrítico. Elogios e afagos a crianças impulsivas constroem um juiz interno muito permissivo e quase delinquente. 
Imaginemos o que acontece com uma criança que já tenha seu juiz interno mais crítico que elogiador receba do professor uma crítica, um apelido, uma gozação, uma ironia, ou uma desqualificação do professor durante a aula, ou dos colegas formadores de opinião fora da sala de aula... Há críticas que ajudam e outras que atrapalham. As que ajudam são as verdadeiras, mas critica-se a ação e não a pessoa. Chamar um aluno de "vagabundo" por não ter feito uma lição é julgar o aluno e não a sua falha. É preciso ter elevadíssima auto-estima para não se abalar com apelidos pejorativos colocados por colegas conhecidos e/ou conviventes. 
Existe em família um costume horrível: criticar a pessoa querida por desejar que ela melhore. Tão horrível quanto elogiá-la em tudo, mesmo que não mereça o elogio, pois, assim, pensam os elogiadores, "quem sabe ela melhore..." Isso pode acontecer com pais que por algum motivo acabam sendo professores dos seus próprios filhos. O que acontece com estes pais tem um nome: envolvimento emocional. Tanto o elogio quanto a crítica não devem ser sobrecarregados com outros significados além dos seus próprios. 
Assim, principalmente os educadores não devem misturar suas emoções, afetos, preferências e rejeições sobre seus elogios e críticas aos seus alunos, sob o risco de descaracterizar suas funções educativas.
Espero que tenham gostado da leitura.
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sábado, 17 de abril de 2021

Técnicas de Pintura

                   Compartilhando algumas técnicas de pinturas para trabalhar com as crianças... 

                                                   
Pintura impressa

Como fazer:  Pinte sobre uma mesa ou suporte qualquer, em seguida coloque uma folha por cima, pressione com as mãos e depois retire-a novamente. Você verá que a pintura da mesa passou para o papel de forma invertida.
Pintura com giz derretido
Como fazer:  Encostar o giz de cera ligeiramente na vela. Derretida a cera, usar o giz rapidamente sobre o papel, conseguindo-se um belo efeito em relevo.


Dica: Esta técnica exige muito cuidado e atenção por utilizar fogo. É muito importante a  supervisão de um adulto, quando for realizada por crianças.


       Pintura desbotada

Como fazer: Molhe um cotonete no álcool ou água sanitária e desenhe sobre um papel de seda.
  
Dica: Utilize  papéis com cores fortes para um melhor resultado.

Não deixe as crianças sozinhas manipulando álcool ou água sanitária.



Pintura com papel crepom

Como fazer: Corte em pedaços o rolo de papel crepom, umedeça na água e pressione na folha branca.

Dica: Se fizer em sala de aula, deixe pouca água à disposição das crianças e escolha cores fortes, para melhor resultado.
Pintura no papel amassado
Como fazer: amasse e desamasse o papel, depois pinte por cima.

Barbante com tinta

Como fazer: Mergulhe um pedaço médio de barbante na tinta guache e depois coloque na folha branca. Espere um pouquinho e tire o barbante.

Pintura espelhada
Como fazer: Pinte com cola colorida ou tinta guache, dobre a folha ao meio e abra novamente. Você verá que a pintura ficará igual dos dois lados da folha.

Pintura no laminado amassado

Como fazer: Amasse e desamasse o papel laminado e pinte com cola colorida por cima.


Dica: Você pode utilizar o papel laminado pintado com cola de glitter para fazer um tesouro.

Pintura no jornal 


Como fazer: Corte um pedaço de jornal e depois pinte por cima com caneta ou tinta guache.



Pintura com peneira


Como fazer: Coloque a peneira sobre o papel, pinte com guache por cima, depois tire a peneira e veja o resultado.



      Pintura esponjada

Como fazer: Recorte uma esponja em pedaços, do tamanho que desejar, umedeça na tinta guache e pressione sobre o papel. Repita a atividade até formar a pintura que deseja.



Dica: Se usar várias cores de tinta é preciso separar um pedaço de esponja para cada cor, para não misturar.



      Pintura com argila

Como fazer: Umedeça os dedos, passe-os na argila e desenhe com eles na folha. Repita a atividade até criar um belo desenho.


Dica: Não arranque pedaços de argila para colocar na folha, apenas passe os dedos na argila para pintar. Para um melhor resultado passe cola branca por cima, para evitar que a terra esfarele depois de secar.



    Pintura com papelão

Como fazer: Corte um pequeno pedaço de papelão grosso e verá que ele é formado por camadas. Na ponta do papelão, rasgue uma camada de forma que a camada ondulada fique exposta, pois é com ela que deverá pintar. A camada ondulada do papelão dá um efeito diferente na pintura.

Dica: Se você pintar fazendo ondas no papel a pintura ficará muito legal. Você pode alternar as ondas em tons de bege, azul escuro e claro para ilustrar o fundo do mar. Depois pegue a tinta verde e faça ondas verticais imitando algas marinhas, e finalize colando peixinhos. 



Pintura com cotonete


Como fazer: Utilize cotonetes ao invés de pincéis. Molhe a ponta do cotonete na tinta e divirta-se.



Pintura com garfo


Como fazer: Passe tinta guache em uma folha  e depois passe as pontas do garfo de leve sobre a pintura e veja como ficará.



                                                         Espero que tenham gostado das dicas...até a próxima.
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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Para refletir: A mordida

Uma coisa muito comum nas Creches 
– mas que costuma provocar muita preocupação nos pais –
 são as mordidas.

Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar a viver a sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões”, ou em situações de entrada de crianças novas para a sala, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças.

Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito doloroso receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, Educadores (que nos sentimos impotentes, na maioria das vezes, sem conseguir impedir que elas aconteçam).

É importante pensarmos sobre este tema; 
Por que é que as crianças pequenas se mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? 
Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono?

As crianças pequenas 
geralmente mordem para conhecer.

Para elas, tudo o que as cerca é objeto de interesse e alvo de curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir das suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não é algo dado á priori.

Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como a sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Partem?), a sua consistência, o seu gosto, o seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para as suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos esta ação provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reação do amiguinho, a reprovação do Educador, etc).

É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir em morder, seja para confirmar as suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc).

Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um ato de agressividade, e muito menos de violência, a não ser que estejam a viver alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados.

Com o passar do tempo de trabalho em grupo, o Educador tem a possibilidade de planejar as suas ações e estratégias no sentido de fazer com que as crianças possam refletir, sobre esta questão.

Artigo da Psicopedagoga Claudia Sousa
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terça-feira, 13 de abril de 2021

Pegadas com texturas

Ótima ideia para propiciar o contato com texturas diferentes estimulando as sensações dos pés...



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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Atividade interativa: Os tipos de solo

Bitmoji Image


PLANO DA AULA

UNIDADE TEMÁTICA: Terra e Universo

OBJETOS DO CONHECIMENTO: Características da Terra; usos do solo.

NOÇÕES E CONCEITOS:  Formação, usos e tipos de solo.

IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS:  Poluição e degradação do solo.

HABILIDADE (S):

(EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo do entorno da escola com base em algumas características (cor, textura, cheiro, tamanho das partículas, permeabilidade etc.).


(EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhecendo a importância do solo para a vida.
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terça-feira, 6 de abril de 2021

Imagens: O Grande Rabanete

Imagens para contação da História do Grande Rabanete.







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segunda-feira, 5 de abril de 2021

Alfabeto 4 letras com imagem

Modelo de alfabeto com as quatro letras e imagem, 
destacando as letras com cores diferentes,
 diferenciando a letra bastão da letra de forma.



























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Aula de Ciências: Os Tipos de solo

Bitmoji Image

UNIDADE TEMÁTICA: 

·        Terra e Universo

OBJETOS DO CONHECIMENTO:

·         Características da Terra; usos do solo.

NOÇÕES E CONCEITOS:

·         Formação, usos e tipos de solo.

IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS:

·        Poluição e degradação do solo.

HABILIDADE (S):

(EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo do entorno da escola com base em algumas características (cor, textura, cheiro, tamanho das partículas, permeabilidade etc.).

(EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhecendo a importância do solo para a vida.



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sábado, 3 de abril de 2021

O que o professor precisa saber e fazer para ler para crianças pequenas?


Ler é diferente de contar histórias para as crianças, porém ambas experiências são muito importantes para os pequenos.

Além disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.

Orientações para planejar uma boa situação de leitura:

📌 Antes de mais nada, acredite que as crianças aprendem e se desenvolvem com essa situações.

As experiências de leitura pelo professor possibilita às crianças, uma oportunidade para a ampliar seu repertório e conhecer muitas histórias, contos e textos diversos, além da aprendizagem de comportamentos leitores permitindo que elas construam uma rede de significados que  as auxiliará a compreender melhor as estruturas da leitura e da escrita.

📌  Observe as relações que as crianças estabelecem com o livro e a leitura mesmo muito antes de saberem ler.

Há muitas coisas que as crianças podem aprender sobre a leitura mesmo antes de saber ler:

Que nos livros tem histórias

Que é preciso virar as pagina do livro para ler as partes da história  e que existe um sentido correto para se virar paginas e ler.

Que a história não está só nas figuras, mas numa porção de “risquinhos” que aparecem no papel, por isso é possível  ler mesmo as histórias que não tem figura.

Que quando a gente conta a história pode mudar as palavras mas que quando se lê é sempre igualzinho.

Que a linguagem que usamos para escrever/ ler é diferente da que usamos para falar e é possível perceber as crianças apropriando-se  discursivamente das estruturas convencionais da linguagem escrita tal qual elas aparecem nos diferentes textos (“era uma vez” ,”levou-a ao jardim”) mesmo sem nunca tê-los lido convencionalmente, mas com uma intimidade que só é possível a quem é oportunizado este contato através de leituras constantes e do uso social da leitura e escrita.

📌 Goste do que vai ler

Encantar-se para encantar as crianças pois que a condição básica para formação de um leitor é o prazer pela leitura. 

📌 Crie situações diárias de leitura com e para as crianças

A regularidade é importante e fundamental na construção de uma familiaridade necessária para a construção do hábito e a apropriação das convenções da língua escrita

📌Organize esse momento da rotina planejando com intencionalidade

Pensar em um espaço acolhedor para as crianças que pode ser na própria sala num canto da sala, num tapete, ou embaixo de uma árvore . Organizá-los de forma que todos possam visualizar o professor.

È importante cuidar também para que esses momentos não sofram interrupções ( Ex:deixar avisado na porta da sala que é hora da leitura)

📌 Escolha o livro antes, considerando os critérios adequados a sua intenção e as características, possibilidades e potencialidades seu grupo de crianças

Ajustar sua escolha a sua intencionalidade, cuidando para que esses critérios considerem principalmente a qualidade das obras escolhidas.

📌 Conheça muito bem o texto,

 Ensaiar antes a leitura para evitar “tropeços”, utilizar a voz de forma clara e ler com boa entonação e interpretação, dando  vida a história.

Durante a leitura ele deve demonstrar atitude cuidadosa de quem lê para o outro e é referência de leitor: preocupando-se com a entonação , mostrando-se interessado, surpreso, emocionado. Também deve manter-se fiel ao texto, explicitando a diferença entre ler e contar histórias. (OCs)

📌 Converse com as crianças antes e depois dos momentos de leitura

 Mostrar o livro, falar da história que será lida e porque a escolheu, citar o nome de quem escreveu/ ilustrou, explorar a capa e o título (ou até mesmo as imagens), ler na contra capa o resumo /sinopse do livro para que as crianças possam antecipar idéias sobre a história que será lida.

📌 Considere a relevância de se mostrar ou não as imagens no corpo do texto

Algumas obras pedem a leitura conjunta do texto e da imagem  pois que se complementam, porém, muitas vezes  a preocupação em parar e mostrar as imagens compromete a cadência da leitura. Pensar em formas diferentes de se organizar as crianças ( atrás do leitor de frente para o livro) ou a posição do livro ( no chão no centro da roda por ex.) ou ainda considerar a organização de leitura em grupos menores pode fazer parte do planejamento do professor dependendo da sua intencionalidade. Assim como explorar antes as imagens com as crianças ou ainda combinar que elas irão imaginar as cenas da história. 

📌 Respeite o texto sem simplificá-lo ou mudar as palavras ou pular trechos

Lembrando sempre que o leitor apenas empresta sua voz ao autor e, portanto, não tem permissão para alterá-lo È importante que as crianças ouçam novas.expressões e palavras que serão compreendidas dentro do contexto da leitura.  

📌 Mantenha uma postura leitora que possa servir como uma referência

È importante que o professor enquanto parceiro cultural seja uma referência de leitor no qual a criança se apóia para construir significados para tanto, durante a leitura ele deve demonstrar atitude cuidadosa de quem lê para o outro se preocupando com sua postura, entonação, mostrando-se interessado e envolvido com o texto.

📌 Disponibilize o livro para que o toquem, folheiem, ou até mesmo recontem a história.

Esse é um instante bem interessante para observar as crianças e as relações que estabeleceriam com o livro/ história logo depois da leitura oportunizada pelo educador.

📌 Converse sobre a história

Abrir espaços para que falem sobre a leitura/ história Perguntando e (...) opinando sobre o que leu, colocando seus pontos de vista e ajudar as crianças a comentar a leitura, colaborando assim com a construção coletiva de sentidos para o texto. (OCs)

📌 Oportunize que as crianças escolham outros livros para que sejam fossem lidos

 Converse com as crianças sobre outros livros e histórias. Oportunize que elas possam escolhê-los para as novas leituras. escolher uma história ou um livro também é um procedimento leitor

📌 Garanta o acesso das crianças aos livros

As crianças devem ter contato direto com os livros para folheá-los e explorá-los por conta própria, por isso é importante que o professor organize um canto permanente de leitura na sala  onde elas possam ter livre acesso aos livros. Esse contato direto com o livro ( ...) possibilita não só a construção de procedimentos de manuseio desses materiais e de hábitos como também lhes permite explorar possibilidades de leitura ainda que elas não saibam ler convencionalmente: as imagens, por exemplo, informam e ajudam a antecipar muito do que será explicitado por meio das palavras.(OCs)

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