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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O valor de ser um educador...

Olá pessoal….

Logo estaremos iniciando mais um ano de trabalho...
Muitas colegas até já começaram a preparar alguns materiais... eu por exemplo rsrsrsrs 

Mas é importante primeiramente refletirmos sobre o  
"SER EDUCADOR",
afinal sabemos que muitos confundem nossa real função e não reconhecem o  seu valor ... 

Passeando pela NET encontrei este poema e achei-o oportuno para este início de ano... 

“Somos professores? Muito mais!
Somos educadores? Mais ainda!
Somos vendedores de sonhos!
Vendemos sonhos para o abatido se animar,
Para o tímido ousar, o ansioso se tranquilizar,

Para o poeta se inspirar e para o pensador criticar e criar.

Sem sonhos, somos servos!
Sem sonhos, obedecemos ordens!
Que vocês, nossas Professoras, sejam grandes sonhadoras!

E se sonharem, não tenham medo de caminhar!
E se caminharem, não tenham medo de tropeçar!

E se tropeçarem, não tenham medo de chorar.

Levantem-se, pois não há caminhos sem acidentes.
Deem sempre uma nova chance para si mesmas.
Pois a liberdade só é real se após falharmos
Existir o direito de recomeçar...”

Augusto Cury

Ótimo inicio de aulas… que Deus nos abençoe durante este ano letivo 
nos dando paciência e sabedoria diante das situações… Amém!

Fiquem com Deus!!!!
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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Vídeo: Mordidas na Educação Infantil

Vídeo sobre mordidas... para refletir

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Frases inspiradoras para professores

"Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão, 
não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma." Jean Piaget

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." Guimarães Rosa 

"O vento é o mesmo mas sua resposta é diferente em cada folha." Cecília Meireles
“Contaram-me e Esqueci, Vi e Entendi, Fiz e Aprendi.” Confúcio

Quem pensa muito faz pouco. As pessoas entram em nossa vida por acaso, 
mas não é por acaso que elas permanecem. Lilian Tonet
Não tenho um caminho novo. O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar. Thiago de Melo

O melhor educador é aquele que conseguiu educar a si mesmo. Sabedoria oriental

"Quem conduz e arrasta o mundo não são as máquinas, mas as idéias." Victor Hugo

"Eduquem os meninos e não será necessário castigar os homens." Pitágoras

“Um livro é como uma janela: quem não o lê fica distante dela 
e só pode ver uma pequena parte da paisagem." Kahlil Gibran

"Não se pode ensinar nada a um homem. 
Pode-se apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo."Galileu Galilei

"A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de conhecer." Albert Eisntein

"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. 
Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre." Paulo Freire

"Perigoso não é o homem que lê, é o que relê." Voltaire
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domingo, 26 de janeiro de 2020

A criança morde os outros. Por que será?

No seu trabalho com a criança pequena, mordidas entre elas não são incomuns. 
No entanto, ao contrário do que muitos acreditam, especialistas afirmam que essa atitude não significa, necessariamente, agressividade. Entenda por quê.


No início da vida, a boca é a parte mais sensorial do corpo humano e, por meio dela, o indivíduo descobre o mundo e expressa suas emoções.
Quando uma criança morde um adulto ou outra criança, provavelmente está querendo demonstrar afeto, resposta a uma frustração, curiosidade ou, ainda, o incômodo do nascimento dos dentes.
No período entre um e três anos morder é comum – e normal. Algumas crianças o fazem mais que outras, porque é dessa forma que se comunicam.
No entanto, muitos pais ficam indignados quando o bebê chega da creche com a marca dos dentes de outra criança no braço ou na perna. É preciso alertá-los de que a fase vai passar e que faz parte do desenvolvimento infantil. É preciso, também, apontar aos “mordedores” que essa atitude não é bacana, ajudando-os a aprender limites.
Especialistas acham que muitos “nãos” e castigo acabam ineficientes para inibir a prática entre os pequenos. Para que aprendam de fato que morder não faz parte de relações sociais sadias, a criança tem de entender por quê.
Quando ela morde um adulto, este tem de mostrar que sentiu dor, que machuca, fazendo carinho no local da mordida, dizendo, por meio do gesto, que isso sim é uma maneira sadia de expressar afeto.
Quando a mordida é entre crianças, a recomendação é mostrar àquela que mordeu que seu ato machucou o coleguinha e que agora ela terá de cuidar dele para que se sinta melhor.
Outra dica importante é para adultos que gostam de morder (sem o uso dos dentes, é claro) as bochechas, coxas e bumbuns dos bebês. Esse ato pode ser entendido pelos pequenos como natural para expressar carinho, levando-as à reprodução, só que com o uso dos dentes e da força, que ainda não controlam.
Vale lembrar que, com o tempo, as mordidas serão substituídas pela fala e por outras formas mais elaboradas de expressão.
Uma criança que continue com esse comportamento após os três anos, mordendo as pessoas com frequência, é exceção e precisa ser analisada por um especialista para descobrir o que está gerando esse tipo de reação.


Até a próxima!!!
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Ensinarás...


Ensinarás a voar,
Mas não voarão o teu voo.

Ensinarás a sonhar,
Mas não sonharão o teu sonho.

Ensinarás a viver,
Mas não viverão a tua vida.

Ensinarás a cantar,
Mas não cantarão a tua canção.

Ensinarás a pensar,
Mas não pensarão como tu.

Porém saberás que cada vez que voem,
Sonhem, vivam, cantem e pensem
Estará a semente do caminho
Ensinado e aprendido.

Madre Teresa de Calcutá
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sábado, 25 de janeiro de 2020

Livro: Brinquedos e Brincadeiras de creches

Trata-se de um documento técnico com a finalidade de orientar professoras, educadoras e gestores na seleção, organização e uso de brinquedos, materiais e brincadeiras para creches, apontando formas de organizar espaço, tipos de atividades, conteúdos, diversidade de materiais que no conjunto constroem valores para uma educação infantil de qualidade.



Este arquivo foi disponibilizado gratuitamente pelo MEC estou apenas compartilhando.
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Etapas contempladas na rotina para Educação Infantil

ACOLHIMENTO – Recepção das crianças, contato com os familiares.

RODA INTERATIVA – Trabalho coletivo planejado a partir de um conteúdo curricular previsto nos projetos, geralmente antecedido por uma verificação coletiva de crianças ausentes, marcação da data, construção da rotina e finalizada com avisos e explicações sobre a atividade seguinte.

ATIVIDADE – Geralmente proposta para todo o grupo. São atividades importantes para se trabalhar atenção, concentração e a capacidade das crianças de atenderem a propostas feitas coletivamente ou individuais, podendo realizar em diferentes locais, dentro e fora da instituição. Atividades de linguagem, matemática e natureza e sociedade.

ATIVIDADES DIVERSIFICADAS – Estas atividades permitem que as crianças escolham o que desejam fazer.
É um momento adequado para interações e observações significativas do professor junto às crianças podendo intervir e acompanhar o que elas fazem. São três propostas simultâneas de atividades; jogos de construção, atividades de artes (desenho, colagem, recorte, etc), modelagem com massinha, leitura de livros e revistas,ETC.

HIGIENE PESSOAL – Lavar as mãos com independência, vestir-se e despir-se, usar o banheiro de modo cada vez mais autônomo.

LANCHE – RECREIO – Momento essencial para o saudável desenvolvimento da criança, além de fazer parte do processo educativo. Durante as refeições, a criança tem a oportunidade de relacionar-se com o outro, adquirir muitos conhecimentos e ao mesmo tempo desenvolver sua autonomia.

HORA DA HISTÓRIA – Todos os dias são contadas ou lidas histórias de tradição oral ou da literatura infanto-juvenil.

ATIVIDADES DE EXPRESSÃO:
1)ARTÍSTICA – Neste momento as crianças são estimuladas a imaginar e a se expressar livremente.
2)CORPORAL – São sugeridas atividades físicas amplas ou específicas, na qual as crianças possam correr, subir, jogar, realizar jogos de regras, utilizar brinquedos do parque, etc.
3)MUSICAL – Esta atividade contribui para a formação, desenvolvimento e equilíbrio da personalidade da criança. É oferecido a ela um repertório variado (cantigas populares, cantigas de roda, músicas clássicas, etc)
OBS.: Estas atividades deverão ser contempladas em dias diferenciados.

JOGOS DE MESA – Neste momento são utilizados os jogos de:
quebra-cabeça, jogo da memória, dominó, loto leitura, etc. Pelo seu caráter coletivo, os jogos permitem que o grupo se estruture, que as crianças estabeleçam relações ricas de trocas e se acostumem a lidar com regras, conscientizando-as que podem ganhar ou perder.

AVALIAÇÃO DO DIA – Trabalho orientado para que a criança perceba a seqüência lógica das atividades, bem como para que o professor proceda com auto avaliação.

SAIDA
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Pensadores da educação: Wallon

      


    Médico francês desenvolveu vários estudos na área da neurologia. Wallon propôs o estudo do desenvolvimento infantil, contemplando os aspectos da afetividade, da motricidade e da inteligência. Para ele, o desenvolvimento da inteligência depende das experiências oferecidas pelo meio e do grau de apropriação que o sujeito faz delas. Assim sendo, os aspectos físicos do espaço, as pessoas próximas, a linguagem, bem como os conhecimentos presentes na cultura contribuem efetivamente para formar o contexto de desenvolvimento.

   Para este educador há uma profunda diferença entre o desenvolvimento da criança e o desenvolvimento do adulto, porque a transição da infância para a fase adulta envolve uma total transformação do ser humano, bem como do ambiente no qual a criança está sendo introduzida; é o mundo dos adultos, o que explica uma certa uniformidade nas estruturas de cada estágio que a criança vive em seu processo de desenvolvimento, enfatizando nele dois elementos importantes, a imitação e o brinquedo.

        Ele destaca as emoções e a linguagem como domínios funcionais no desenvolvimento da criança e como fatores associados a esses domínios enfatiza as questões da confusão entre o EU e os OUTROS e da descontinuidade no processo de desenvolvimento.

        Buscou enfatizar na sua teoria a indissociabilidade entre uma concepção de Sociedade, Educação e Psicologia, afirmando que o desenvolvimento da criança pode ser visto, tanto por seus atributos inatos quanto como um reflexo dos valores sociais.

     Para Wallon o desenvolvimento acontece de forma descontínua, sendo marcado por rupturas e retrocessos. A cada estágio de desenvolvimento há uma reformulação e não simplesmente uma adição ou reorganização dos estágios anteriores, ocorrendo a interação entre o sujeito e o ambiente.

Espero que tenham gostado!!! 
 Até a próxima!!
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

reading

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009 (*)
Fixa as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil

O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, 
no uso de suas atribuições legais, com fundamento no art. 9º, § 1º, alínea “c” da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei nº 9.131, de 25 de novembro de 1995, 
e tendo em vista o Parecer CNE/CEB nº 20/2009, homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 9 de dezembro de 2009, resolve:

Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil a serem observadas na organização de propostas pedagógicas na Educação Infantil.

Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil articulam-se com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, para orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares.

Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.

Art. 5º A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.
§ 1º É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.
§ 2° É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.
§ 3º As crianças que completam 6 anos após o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Infantil.
§ 4º A frequência na Educação Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino Fundamental.
(*) Resolução CNE/CEB 5/2009. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 18.
§ 5º As vagas em creches e pré-escolas devem ser oferecidas próximas às residências das crianças.
§ 6º É considerada Educação Infantil em tempo parcial, a jornada de, no mínimo, quatro horas diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete horas diárias, compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição.

Art. 6º As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:
I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
II – Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
III – Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.

Art. 7º Na observância destas Diretrizes, a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica:
I - oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis, humanos e sociais;
II - assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias;
III - possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto a ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;
IV - promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância;
V - construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa.

Art. 8º A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças.
§ 1º Na efetivação desse objetivo, as propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que assegurem:
I - a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo;
II - a indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança;
III - a participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização de suas formas de organização;
IV - o estabelecimento de uma relação efetiva com a comunidade local e de mecanismos que garantam a gestão democrática e a consideração dos saberes da comunidade;
V - o reconhecimento das especificidades etárias, das singularidades individuais e coletivas das crianças, promovendo interações entre crianças de mesma idade e crianças de diferentes idades;
VI - os deslocamentos e os movimentos amplos das crianças nos espaços internos e externos às salas de referência das turmas e à instituição;
VII - a acessibilidade de espaços, materiais, objetos, brinquedos e instruções para as crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
VIII - a apropriação pelas crianças das contribuições histórico-culturais dos povos indígenas, afrodescendentes, asiáticos, europeus e de outros países da América;
IX - o reconhecimento, a valorização, o respeito e a interação das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo e à discriminação;
X - a dignidade da criança como pessoa humana e a proteção contra qualquer forma de violência – física ou simbólica – e negligência no interior da instituição ou praticadas pela família, prevendo os encaminhamentos de violações para instâncias competentes.
§ 2º Garantida a autonomia dos povos indígenas na escolha dos modos de educação de suas crianças de 0 a 5 anos de idade, as propostas pedagógicas para os povos que optarem pela Educação Infantil devem:
I - proporcionar uma relação viva com os conhecimentos, crenças, valores, concepções de mundo e as memórias de seu povo;
II - reafirmar a identidade étnica e a língua materna como elementos de constituição das crianças;
III - dar continuidade à educação tradicional oferecida na família e articular-se às práticas sócio-culturais de educação e cuidado coletivos da comunidade;
IV - adequar calendário, agrupamentos etários e organização de tempos, atividades e ambientes de modo a atender as demandas de cada povo indígena.
§ 3º - As propostas pedagógicas da Educação Infantil das crianças filhas de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, devem:
I - reconhecer os modos próprios de vida no campo como fundamentais para a constituição da identidade das crianças moradoras em territórios rurais;
II - ter vinculação inerente à realidade dessas populações, suas culturas, tradições e identidades, assim como a práticas ambientalmente sustentáveis;
III - flexibilizar, se necessário, calendário, rotinas e atividades respeitando as diferenças quanto à atividade econômica dessas populações;
IV - valorizar e evidenciar os saberes e o papel dessas populações na produção de conhecimentos sobre o mundo e sobre o ambiente natural;
V - prever a oferta de brinquedos e equipamentos que respeitem as características ambientais e socioculturais da comunidade.

Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que:
I - promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;
III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;
IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais;
V - ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
VI - possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da diversidade;
VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;
IX - promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;
X - promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;
XI - propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações tradições culturais brasileiras;
XII - possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.
Parágrafo único - As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de acordo com suas características, identidade institucional, escolhas coletivas e particularidades pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas experiências.

Art. 10. As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:
I - a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;
II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);
III - a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);
IV - documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil;
V - a não retenção das crianças na Educação Infantil.

Art. 11. Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental.

Art. 12. Cabe ao Ministério da Educação elaborar orientações para a implementação dessas Diretrizes.

Art. 13. A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente a Resolução CNE/CEB nº 1/99.
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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Conhecendo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil

Olá pessoal,
Pensando nas sugestões de atividades e ideias que indicarei nas próximas publicações, 
 postarei primeiro um resumo dos Referenciais Curriculares para Educação Infantil, 
para que aqueles que não conhecem o documento e seu conteúdo.

Esse documento do MEC tem sido um grande parceiro nesses anos de formação, onde trabalhei com professores de Educação Infantil, para mim, é um bom instrumento de estudo e formação, pois trata de diversos assuntos relacionados à Educação Infantil, organizando e orientando a prática pedagógica dos docentes que atuam com essa faixa etária.
Esse será um primeiro passo, conhecer o documento, depois serão publicadas orientações e sugestões de atividades dentro de cada eixo de trabalho.
Bom estudo a todos!
Um abraço!

O que é? Quais são os objetivos desse documento? Quais livros compõem o documento? Assuntos tratados, organização do tempo, componentes curriculares, dentre outros no
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998)

Este documento foi redigido atendendo às determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), que estabelece a educação infantil como primeira etapa da educação básica.
Ele integra a série de documentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais elaborados pelo Ministério da Educação e do Desporto.

Objetivos
Ø      O RCN pretende apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos.
Ø      Visa, também, contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a ampliação, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural.

RCN foi concebido de maneira a servir como um guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que atuam diretamente com crianças de zero a seis anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira.

Organização por idades:
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil adota a mesma divisão por faixas etárias contemplada nas disposições da LDB (capítulo II, seção II que: “A educação infantil será oferecida em: I - creches ou entidades equivalentes para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos”).

*Esse artigo já sofreu alterações devido ao Ensino de 9 anos que atende crianças de 6 anos no primeiro ano do Ensino Fundamental mas, esse documento não está atualizado quanto as idades.

Organização em âmbitos e eixos:

O RCN para a Educação Infantil define dois âmbitos de experiências: Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo;

âmbito de Formação Pessoal e Social refere-se às experiências que favorecem prioritariamente, a construção do sujeito. Este âmbito abarca um eixo de trabalho denominado Identidade e autonomia. O trabalho com este âmbito pretende que as instituições possam oferecer condições para que as crianças aprendam a conviver, a ser e a estar com os outros e consigo mesma em uma atitude básica de aceitação, de respeito e de confiança.
âmbito de Conhecimento de Mundo refere-se à construção das diferentes linguagens pelas crianças e às relações que estabelecem com os objetos de conhecimento.
Destacam-se os seguintes eixos de trabalho: Movimento, Artes visuais, Música, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade e Matemática.

Livros que compõem o documento:

Volume 1-
Um documento Introdução, que apresenta uma reflexão sobre creches e pré-escolas no Brasil, situando e fundamentando concepções de criança, de educação, de instituição e do profissional, que foram utilizadas para definir os objetivos gerais da educação infantil e orientaram a organização dos documentos de eixos de trabalho que estão agrupados em dois volumes relacionados aos seguintes âmbitos de experiência: Formação Pessoal e Social Conhecimento de Mundo.

Volume 2-
Relativo ao âmbito de experiência Formação Pessoal e Social que contém o eixo de trabalho que favorece, prioritariamente, os processos de construção da Identidade e Autonomia das crianças.

Volume 3-
Relativo ao âmbito de experiência Conhecimento  De Mundo que contém seis documentos  referentes aos eixos de trabalho orientados para a construção das diferentes linguagens pelas  crianças e para as relações que estabelecem com  os objetos de conhecimento: Movimento, Música, ArtesVisuais, Linguagem Oral e Escrita,  Natureza e Sociedade e Matemática.

Temas/assuntos tratados nos RCN para Educação Infantil
         Considerações sobre creche e pré-escola;
         Concepção de criança;
         Educar ou cuidar;
         Brincar;
         Aprender em situações orientadas (interação, diversidade e individualidade, aprendizagem significativa e conhecimentos prévios,etc) ;
         Educar crianças com necessidades especiais;
         O professor da Educação Infantil (formação profissional, perfil do professor)
         Organização do RCN (âmbito; eixo, idade);
         Componentes Curriculares: Objetivos; conteúdos; orientação didática;organização do espaço e materiais; observação, registro e avaliação formativa.

Componentes curriculares

Objetivos
Nos Referenciais os objetivos explicitam intenções educativas e estabelecem capacidades que as crianças poderão desenvolver como conseqüência de ações intencionais do professor. Os objetivos auxiliam na seleção de conteúdos e meios didáticos.

Conteúdos
O Referencial concebe os conteúdos como a concretização dos propósitos da instituição e, por outro, como um meio para que as crianças desenvolvam   suas  capacidades   e   exercitem   sua   maneira   própria   de   pensar,   sentir   e   ser, ampliando   suas   hipóteses   acerca   do   mundo   ao   qual   pertencem   e  constituindo-se   em   um instrumento para a compreensão da realidade. Os conteúdos abrangem, para além de fatos, conceitos e princípios, também os conhecimentos relacionados a procedimentos, atitudes, valores e normas como objetos de aprendizagem.

Os conteúdos são organizados em blocos, segundo a faixa etária, em alguns eixos de trabalho, isso para contemplar as dimensões essenciais de cada eixo e situar os diferentes conteúdos dentro de um contexto organizador, que explicita suas especificidades por um lado e aponta para a sua “origem” por outro. Os conteúdos são compreendidos como instrumentos para analisar a realidade, compreendendo sua complexidade e enriquecendo a percepção sobre ela, por isso devem ser trabalhados de forma integrada.

Orientações didáticas
Cada documento de eixo contém orientações didáticas gerais e as específicas aos diversos blocos de conteúdos. Nas orientações didáticas gerais explicitam-se condições relativas à: princípios gerais do eixo; organização do tempo, do espaço e dos materiais; observação, registro e avaliação.

As orientações didáticas são subsídios que remetem ao “como fazer”, à intervenção direta do professor na promoção de atividades e cuidados alinhados com uma concepção de criança e de educação.

Organização do tempo:
 A organização do tempo, dentro das orientações didáticas, auxilia o professor no planejamento segundo sua intenção educativa.
Essas estruturas didáticas podem ser agrupadas em três grandes modalidades de organização do tempo. São elas: atividades permanentes, seqüência de atividades e projetos de trabalho.

  • Atividades Permanentes-

Contribuem, de forma direta ou indireta, para a construção da identidade e o desenvolvimento da autonomia, uma vez que são competências que perpassam todas as vivências das crianças.
Algumas são: a roda de conversas e o faz-de-conta, cantos para desenhar, para ouvir música, para pintar, para olhar livros, para modelar, para jogos de regras, etc.

  • Sequência de atividades-
A construção da identidade e a conquista da autonomia pelas crianças são processos que demandam tempo e respeito às suas características individuais. Nessa medida, algumas atividades propostas de forma seqüenciada podem ajudá-las nesse processo.
Pensar nas sequências de atividades implica planejar experiências que se organizam em etapas diferenciadas e com graus de dificuldades diversos.
Para que as crianças aprendam a comer sozinhas, por exemplo, os professores podem planejar situações que ampliem gradativamente suas capacidades de segurar os talheres, colocar a comida na boca etc.

  • Projetos de trabalho –
São conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos específicos construídos a partir de um dos eixos de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver e um produto final que se quer obter. Há uma infinidade de perspectivas que devem ser escolhidas em função do perfil e dos interesses das crianças que compõem o grupo.

Organização do espaço e seleção dos materiais:

Em cada eixo de trabalho o Referencial sugere a organização dos espaços e dos materiais, sendo esse um instrumento fundamental para a prática educativa com crianças pequenas. Isso implica que, para cada trabalho realizado com as crianças, deve-se planejar a forma mais adequada de organizar o mobiliário dentro da sala, assim como, introduzir materiais específicos para a montagem de ambientes novos, ligados aos projetos em curso.

Observação, registro e avaliação formativa:

Neste documento, a avaliação é entendida, prioritariamente, como um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pelas crianças. É um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular e redirecionar esse processo como um todo. Sendo assim a observação e o registro se constituem nos principais instrumentos de que o professor dispõe para apoiar sua prática.

Bibliografia:
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998-Volume1: Introdução;
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Pais, vocês estão preparados para seu filho entrar na escola?

Não pense que só a criança tem de se adaptar ao início da vida escolar. 

Os pais também precisam de um tempo para assimilar essa nova etapa!!


Confie na escola:

        Parece óbvio, mas nem sempre acontece. É o primeiro passo para que a criança também se sinta segura no novo local. “É como se a mãe autorizasse alguém a cuidar do filho dela e é nessa autorização que o processo de adaptação da família começa a dar certo. Para que haja confiança, por sua vez, é importante que a escolha da escola tenha sido bem trabalhada. Quando é indicação de amigos ou familiares, fica fácil. Para quem não tem tais referências, esse vínculo se estabelece na medida em que os pais conhecem e se identificam com os princípios que norteiam o projeto pedagógico e a concepção de aprendizagem. E, naturalmente, precisam acreditar nesses valores éticos e morais estabelecidos pela escola.

Lembre-se de que conquistas requerem esforços:

        Existe uma tendência de os pais quererem superproteger os filhos, evitando ao máximo que sofram. Mas é importante lembrar que o ingresso na escola e as primeiras separações da mãe ou de casa fazem parte do processo de crescimento da criança”. Acrescentamos que os pais devem ter em mente que certas conquistas vêm acompanhadas de dificuldades. Representam também um amadurecimento da criança e a escola é um excelente ambiente para isso acontecer.

Atente para o tom da separação:

        Despedidas dramáticas, duradouras e carregadas de emoção são um prato cheio para dificultar a entrada das crianças na escola. Independentemente do comportamento delas, os pais devem procurar dar um tom leve e até mesmo prático às despedidas. Duro, né? Mas é fundamental para que a criança perceba que não existe a opção de um choro segurar o pai ou a mãe na escola por mais tempo.

Preserve a rotina da criança em casa:

        Não é hora de mudanças de cama, de quarto, retirada de fraldas, chupeta, mamadeira e coisas do gênero.

Adapte-se aos horários e tenha assiduidade:

        Nos primeiros dias, a pontualidade na hora de buscar é crucial. Um atraso pode deixar a criança insegura, com medo de que a mãe não volte, e dificultar a despedida e a permanência nos dias seguintes. Mesma pontualidade no início do dia também para que a criança inicie as atividades com o grupo. Evite faltas, para que a criança se insira logo na rotina escolar.

Tenha cuidado com o que diz – e com o que não diz:

        Algumas armações, por mais inofensivas que possam parecer, costumam atrapalhar significativamente o processo de adaptação da criança. Na despedida, por exemplo, frases como “você vai ficar bem, não é?” ou “você não vai chorar, vai?” acabam sugerindo à criança que tenha comportamentos desse tipo. Criar expectativas exageradas, dizendo à criança que ela vai adorar, que a escola é maravilhosa, que as professoras são fantásticas etc., também pode ser prejudicial, pois pode gerar decepções para o pequeno. Por fim, nunca minta para seu filho (dizendo que vai para um lugar caso vá para outro) e, por mais que ele esteja brincando bem e tranquilo, nunca vá embora sem se despedir. Isso quebra a relação de confiança com a mãe e pode gerar na criança o medo de ser abandonada naquele lugar estranho.

Choros são normais:

        O choro não significa que a criança não está gostando da escola. É uma maneira de ela dizer que é difícil se despedir da mãe. É comum esse choro terminar assim que as mães viram as costas. Se o lamento se prolongar, vale investigar, claro. Ah, sim, tem muita mãe que também não aguenta as lágrimas. Mas tem de, pelo menos, não deixar a criança ver.

Não demonstre insegurança ou dúvidas:

        Comentários negativos em relação à escola nunca devem ser feitos diante delas. Se a criança perceber a insegurança da mãe, pode tomar o sentimento para si ou ainda se aproveitar da situação e recorrer a chantagens emocionais.

Tenha paciência:

        A maioria das crianças leva uma ou duas semanas para se adaptar à escola. Há algumas que levam dias e outras, meses. Isso não quer dizer que as de adaptação mais lenta vão gostar menos da escola. Significa apenas que precisam de um pouco mais de tempo. Resta respeitar o ritmo da criança.

Sem culpas ou cobranças:

        Especialmente entre mães que colocam as crianças cedo na escola por motivos profissionais, a culpa é muito comum. “Mãe trabalhando em período integral é a realidade de muitas famílias e a criança terá de conviver com isso. Não é um mal, mas um componente da família, que gera satisfação pessoal para a mãe ou, no mínimo, um aumento da renda familiar”, diz a psicopedagoga Edimara de Lima. Por isso, não é caso de se cobrar em relação às dificuldades próprias ou dos filhos.

Respeite as orientações:

        “É fundamental que os acompanhantes das crianças na adaptação atendam às solicitações passadas pelas professoras e pela coordenação da escola”, E nos detalhes. Respeite a experiência da equipe no assunto.

Está tudo bem. Mas acabou?

        Um belo dia, a criança chega feliz à escola, despede-se dos pais, fica bem durante todo o período e volta para casa lembrando as coisas boas vividas no dia. A adaptação está concluída? Talvez. É possível que seu filho, que ficou ótimo na primeira semana de aulas, apresente dificuldades na semana seguinte. Outra criança pode apresentar problemas dali a 15 dias ou um mês. Segundas-feiras, voltas de feriados e especialmente de férias também são momentos delicados, em que choros e reclamações nas despedidas podem voltar a aparecer. O importante, então, é os pais, como sempre, conversarem com a escola, que vai atentar também para eventuais jogos emocionais feitos pela criança. Satisfeitos com a escola escolhida, acreditem que é o lugar onde tudo acontece pelo bom desenvolvimento e bem-estar da criança.

Boa sorte!

DIÁLOGO: Converse e esclareça todas as dúvidas com a escola. Entre em detalhes, não deixe nada para se preocupar depois, em casa.

Fonte: Revista crescer

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