Médico
francês desenvolveu vários estudos na área da neurologia. Wallon propôs o
estudo do desenvolvimento infantil, contemplando os aspectos da afetividade, da
motricidade e da inteligência. Para ele, o desenvolvimento da inteligência
depende das experiências oferecidas pelo meio e do grau de apropriação que o
sujeito faz delas. Assim sendo, os aspectos físicos do espaço, as pessoas
próximas, a linguagem, bem como os conhecimentos presentes na cultura
contribuem efetivamente para formar o contexto de desenvolvimento.
Para este
educador há uma profunda diferença entre o desenvolvimento da criança e o
desenvolvimento do adulto, porque a transição da infância para a fase adulta
envolve uma total transformação do ser humano, bem como do ambiente no qual a
criança está sendo introduzida; é o mundo dos adultos, o que explica uma certa
uniformidade nas estruturas de cada estágio que a criança vive em seu processo
de desenvolvimento, enfatizando nele dois elementos importantes, a imitação e o
brinquedo.
Ele destaca as
emoções e a linguagem como domínios funcionais no desenvolvimento da criança e
como fatores associados a esses domínios enfatiza as questões da confusão entre
o EU e os OUTROS e da descontinuidade no processo de desenvolvimento.
Buscou enfatizar
na sua teoria a indissociabilidade entre uma concepção de Sociedade, Educação e
Psicologia, afirmando que o desenvolvimento da criança pode ser visto, tanto
por seus atributos inatos quanto como um reflexo dos valores sociais.
Para Wallon o desenvolvimento
acontece de forma descontínua, sendo marcado por rupturas e retrocessos. A cada
estágio de desenvolvimento há uma reformulação e não simplesmente uma adição ou
reorganização dos estágios anteriores, ocorrendo a interação entre o sujeito e
o ambiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário