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domingo, 25 de fevereiro de 2024

Sequência didática: Adaptação, identidade e autonomia

Campos de experiência

O eu, o outro e o nós;  
Corpo gestos e movimentos;  
Traços, sons, cores e formas;  
Escuta, fala, escrita, pensamento e imaginação; 
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; 
Mundo social e natural- investigação, relação, transformação e preservação

Saberes e conhecimentos

Reconhecimento da existência do outro, como ser independente, com sentimentos, necessidades e desejos distintos dos seus, respeitando as diferenças de gênero, etnia, religião e de estrutura familiar;

Construção de uma imagem positiva de si, elevando sua autoconfiança e sua autoestima;

Apropriação de instrumentos e procedimentos relativos ao autocuidado, à organização, aprendendo a cuidar de si e valorizando atitudes relacionadas ao bem-estar, à saúde, à higiene, à alimentação, ao conforto, à segurança e à proteção do corpo.

Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento

Realizar ações de cuidado pessoal com crescente autonomia;

Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação;

Valorizar suas próprias características e do grupo, para construir boa autoestima e respeito diante da diversidade cultural;

Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive;

Realizar de forma autônoma ações de cuidado com o próprio corpo;

Conhecer ambientes, fatos históricos e diferentes contextos sociais, explorando os espaços da instituição e da comunidade

Etapas
Tempo previsto: 2 meses 

- 1ª etapa (período de ___ / ___  a ____ /  ___ )- Identidade e autonomia

- 2ª etapa (período de ____ /___ a ___ / ___  )- Corpo humano

- 3ª etapa (período de ____ /____ a ____/____)- Família

- 4ª etapa (período de ____ / ___ a ___ / ____)- Ambiente escolar


Propostas previstas

Conhecer a escrita do seu nome e as letras que compõe;

- Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações do cotidiano;

- Compreender sua história, a história do outro e a compreensão do meio em que vive;

- Proporcionar a ampliação de histórias contadas e recontadas e seus diferentes tipos (contos, parlendas, rimas, receitas etc);

- Brincadeiras para conhecer o alfabeto/letras;

- Trabalhar o conhecimento de si e do outro com dinâmicas entendendo o seu espaço e respeitando o espaço do outro;

- Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir e ampliar seu conhecimento de mundo;

- Chamadinha com diversas canções; CLIQUE AQUI e veja ideias de como realizar a chamadinha.

- Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão através da produção artística: esculturas, desenhos, pinturas, garatujas, jogos, brincadeiras.

- Brincadeiras que trabalhe com partes do corpo, sensações;

- Bingo das letras e do nome;

- Trabalhar partes do corpo humano com recursos didáticos;

- Com imagens refletir sobre o seio familiar.

Recursos
Fichas com os nomes das crianças;
Fichas do alfabeto/ letras e números;
Cartolinas, papel pardo, recortes, imagens, canetinhas, lápis de cor, lápis grafite, tintas, giz de cera, cola, tesoura, folha sulfite, tinta guache.
Jogos Pedagógicos
Livros Paradidaticos diversos relacionados ao tema

 Espero que aproveitem as dicas!!! Até a próxima!!
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domingo, 6 de agosto de 2023

Plano de aula - Brincar é explorar

Objetivos

- Organizar um ambiente interno com diversas opções de jogos de exercício.

- Favorecer o movimento da criança e a exploração de materiais.

Material necessário:

Jogos de exercício variados, brinquedos de encaixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos de espuma, bolas, material reciclável etc.

Desenvolvimento

1ª etapa:

 Ao conceber um espaço para receber jogos de exercício, dedique algum tempo para analisar a quantidade e a qualidade dos brinquedos disponíveis. Sobre a quantidade, é importante verificar se há material suficiente para todos. 

Nessa faixa etária, deve haver um bom número do mesmo tipo para que os pequenos possam explorar sozinhos ou compartilhar com os colegas - nesse último caso, em atividades que não exijam tempo de espera, adaptadas ao comportamento dessa faixa etária. 

Sobre a qualidade, os objetos devem ser feitos de materiais seguros, com tamanhos maiores que o da boca dos bebês aberta e com diferentes cores e texturas.

2ª etapa:

     Organize os brinquedos em cantos diferenciados, de acordo com a habilidade que cada um deles possibilita desenvolver. Por exemplo, colchões, almofadas e rolos num lado da sala, opções de jogos para encaixar e empilhar em outro e instrumentos em uma prateleira ao alcance da turma. 

Com o tempo, as crianças podem ajudar na reformulação dos ambientes. Para entender a mensagem delas, atenção ao modo como se comportam os pequenos.

Se reparar que há um canto aonde ninguém vai - ou que deixou de ser popular depois de algumas semanas de diversão -, vale a pena reorganizar os materiais e acrescentar novos elementos.

3ª etapa:

     Quando começar o momento da brincadeira, investigue de que forma os materiais disponíveis são usados. Com base nas descobertas, devem surgir outras possibilidades de exploração. 

Aqueles que começam a reagir aos brinquedos com sons, por exemplo, vão adorar experimentar diferentes instrumentos. 

Já os que conseguem empilhar peças podem brincar com cubos de diversos tamanhos e, assim, testar cada vez mais os limites de equilíbrio de uma torre.

4ª etapa:

     Atenção à questão do tempo: os pequenos costumam demorar mais para se envolver com um brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pouco, largam e voltam. A noção de permanência vem com a experiência. 

Por isso, é importante não mudar os jogos com muita frequência. Ao longo do ano, as crianças irão buscá-los diversas vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas experiências com cada um deles. Nesse aspecto, a parceria do professor é muito importante. 

Mas não se deve impor regras ou rotular ações como certas ou erradas. 

Ao contrário: a mediação precisa estimular a curiosidade e a criatividade. Coloque questões como "Você gostou de batucar esse tambor?", "Por que encaixou esta peça aqui?" e "Quer pegar o aviãozinho?". Esse tipo de estímulo serve até mesmo para quem ainda não desenvolveu plenamente a fala.

Avaliação:

     Observe os movimentos exploratórios da turma para encaminhar a atividade. Esse diagnóstico pode servir de base para a reorganização do ambiente - verifique, principalmente, se o conjunto de atividades favorece a mobilidade e a exploração - e para propor desafios individuais. 

É possível, por exemplo, estimular a experimentação perguntando: "O objeto com que você está brincando produz sons ao ser chacoalhado? Encaixa em outro maior? Abre uma portinha?" 

Faça anotações sobre o comportamento dos pequenos e, se possível, filme ou fotografe as interações com os jogos e com os amigos.

Consultora em Educação Infantil da Caleidoscópio Brincadeira e Arte Adriana Klisys pedagoga e diretora da Creche Carochinha da USP de Riberão Preto, SP Regina Célia da Silva Marques Teles pedagoga do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos da USP Roselene Crepaldi.

Fonte: Revista Nova Escola.

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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Exploração de tintas e texturas

 Sequência Didática: Tintas e texturas.

Faixa etária: 0 a 3 anos.

Introdução:
 
Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a ter experiências estéticas quando percebem que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto. 
Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo.

Conteúdos:
- Exploração e manipulação de materiais, como papéis de diferentes texturas, de meios como tintas, água, etc.
- Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais desenvolvendo todos os segmentos de coordenação.
- Cuidado com materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente e em grupo.

Tempo
 estimado: 30 minutos, uma ou duas vezes por semana.


Material necessário: Tinta guache, anilina comestível em pasta, cola, areia, fubá, sagu, maisena, papéis diversos como: cartolina, cartão, color set, camurça, craft, papelão, sulfite, lixa, pincéis de vários tamanhos, rolinho e esponja.

Desenvolvimento das atividades: 


Atividade 1: Trabalho com tinta guache
Prepare a tinta guache para ser usada pelas crianças (pois se esta ficar muito diluída escorre e o trabalho pode se perder), batendo no liquidificador 5 colheres de sopa da tinta escolhida com pouca água, guardando a mistura em garrafas plásticas. Pode-se oferecê-la em vasilhas de plástico grandes e baixas onde as várias cores fiquem à disposição ao mesmo tempo.
Prepare o espaço que pode ser o chão ou mesas forrando-os com plástico. Espalhe os papéis camurça, color set, craft, lixa, cartolina, etc. e diversos tipos de pincéis. Incentive a experimentação das texturas e cores fazendo com que a criança imprima sua marca nos papéis com os rolinhos, pincéis, esponja ou as mãos. Dê liberdade de movimentos aos pequenos. Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, para as crianças que já andam.

Outras variações com tinta guache:
- Guache com cola: para ser usada em papel cartão, embalagens, além dos papéis usuais.
- Guache com areia, fubá, sagu: para criar relevo e deve ser usado sobre papelão grosso ou papel grosso que suporte peso.

Atividade 2: Trabalho com anilina
Esta deve ser usada sempre diluída e como as crianças são pequenas use a comestível em pasta que não é tóxica.

Variações:
-anilina com água: dá um efeito opaco e deve ser usado em papéis porosos como: cartolina, camurça, sulfite,... Usar 1 colher rasa de café em 100ml de água.
-anilina com cola: quando seca deixa a tinta brilhante por causa da cola. Indicada para todo tipo de papel. Usar 1 colher rasa de café em 150 ml de cola.

Espalhe as tintas e os suportes nas mesas e peça para as crianças pintarem, explorando os efeitos da tinta sobre o papel, enquanto ouvem a música preferida da turma.

Atividade 3: Trabalho com tinta de maisena (finger)
Esta tinta deve ser usada sobre superfícies grossas como papelão ou papel cartão devido ao peso. Quando seca começa a quebrar e o trabalho fica cheio de rachaduras. Pode ser guardado em geladeira durante 3 semanas e para o trabalho ser arquivado deve-se utilizar pequenas quantidades de tinta pelo papel.

Variações:
-para um finger mais consistente, utilize 300g de maisena diluída em 2 litros de água. Levar ao fogo mexendo sempre até formar um mingau. Pode ser colorido com gelatina
-num finger mais mole, a quantidade de maisena cai par 200g/2 litros
Importante: esse tipo de tinta deve levar um conservante que pode ser sal (1 colher de sopa cheia para cada medida) ou vinagre (2 colheres de sopa rasas).

Atividade 4: Trabalho com tinta de sagu.
Prepare o sagu no sabor uva ou morango e coloque sal como conservante (1 colher de sopa cheia para cada medida). Prepare o local, colando na parede papéis craft, para que as crianças trabalhem de pé. Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas.

Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.
Importante: as pinturas terão curta duração (faz-se, expõe por uns dias e joga-se fora porque o sagu não seca).

Ao término de cada atividade faça uma roda de apreciação, incentivando o cuidado que os pequenos devem ter com os seus trabalhos e com os dos colegas. Monte uma exposição num lugar de visibilidade da escola para que os trabalhos sejam apreciados por todos.

Avaliação
Observe a interação das crianças com os materiais e como elas se expressam através deles.
O mais importante é proporcionar a experimentação de diferentes materiais, interagindo com os amigos num ambiente previamente organizado.

Fonte: Revista Nova Escola.
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domingo, 9 de julho de 2023

Sequência Didática: Eu, nós e todo mundo na escola


Introdução

       A construção da identidade se dá por meio das interações da criança com o seu meio social. 

A escola de Educação Infantil é um universo social diferente do da família, favorecendo novas interações, ampliando desta maneira seus conhecimentos a respeito de si e dos outros. 

A auto-imagem também é construída a partir das relações estabelecidas nos grupos em que a criança convive. 

Um ambiente farto em interações, que acolha as particularidades de cada indivíduo, promova o reconhecimento das diversidades, aceitando-as e respeitando-as, ao mesmo tempo que contribui para a construção da unidade coletiva, favorece a estruturação da identidade, bem como de uma auto imagem positiva.

        Tendo em vista estes propósitos, a utilização de fotos pode ser amplamente aproveitada pelo professor de educação infantil. 

Este recurso visual promove situações de interação, reconhecimento e construção da auto-imagem, favorece as trocas e a percepção do outro e, das igualdades e diferenças, e consequentemente, de si.

Objetivos:

- Interagir e relacionar-se por meio de fotos.

- Perceber-se a si e ao outro, as igualdades e diferenças, mediante as interações estabelecidas.

-Sentir-se valorizado e reconhecido enquanto indivíduo.

-Enxergar-se a si próprio como parte de um grupo, de uma unidade complexa.

Tempo estimado: Um a dois meses.

        Esta sequência didática foi traçada considerando as necessidades das crianças de se reconhecerem no grupo no início do ano letivo. Desta forma, foram pensadas atividades numa sequência, que pode ser alterada conforme as necessidades e interesses de cada grupo. Depois desta sequência inicial é interessante que algumas atividades ocorram diariamente no decorrer do ano, como a elaboração da rotina e a elaboração do quadro de presença.

Material necessário:

- Fotos das crianças sozinhas, com seus familiares, com seu brinquedo preferido, e outras, realizando atividades que gosta sozinhas e junto de seus colegas.

- Caixinhas de sapato infantil para servir de caixinhas surpresa. Podem ser pintadas ou forradas.

- Papel craft para fazer cartazes de pregas.

- Papel cartão colorido e cola para confeccionar os cartazes com janelinhas.

- Fita adesiva.

Desenvolvimento das atividades:

Sequência 1: eu, eu e eu

1. Numa roda, distribuir caixinhas surpresa para as crianças com suas respectivas fotos dentro, de forma que abram e encontrem a sua imagem.

2. Distribuir as fotos e ajudar as crianças a colá-las sobre os cabides, onde ficam penduradas suas sacolas. Deixar as fotos sempre no mesmo lugar para que as crianças saibam o lugar destinado a ela para guardar seus pertences. (Pode-se também fazer um mural de bolsos e, com ajuda das crianças, colar suas fotos, uma em cada bolso).

3. Fazer um cartaz de pregas representando a escola e outro representando a casa. Disponibilizar as fotos das crianças numa caixa que fique disponível a elas no início do dia. Deixe que olhem as fotos, encontrem as suas próprias e ensine-as a colocar no cartaz referente à escola.

4. Numa roda, sortear uma foto por vez para que o grupo identifique quem é. Incentivar as crianças a nomear e a relacionar foto e colega. Também podem cantar alguma canção simples, que diga os nomes das crianças neste momento, como Bom dia Mariana, como vai? Bom dia Mariana, como vai? Bom dia, Mariana, bom dia Mariana, bom dia, Mariana, como vai? Cada um leva a sua foto ao cartaz da escola.

5. Espalhar fotos pelo espaço e brincar com as crianças de encontrar. Pode cantar uma canção simples como: Cadê o Léo, cadê o Léo, o Léo onde é que está? Cada um leva a sua foto ao cartaz da escola.

6. Fazer um cartaz com cópias repetidas e misturadas das fotos de todas as crianças. Brincar com as crianças de cada uma encontrar as suas próprias fotos entre as demais.

Sequência 2: eu, tu, eles

1. Preparar um pequeno cartaz com janelinhas que abrem e fecham, uma sobre a outra, para cada criança (uma coluna, com espaço para quatro ou cinco fotos). Na janelinha de cima, colocar a foto da criança e fechar, de forma que a foto fique escondida. Sugerir às crianças que abram as janelinhas e encontrem qual é o seu cartaz.

2. Nas caixinhas surpresas colocar as fotos das crianças com seus familiares. Distribuí-las entre as crianças aleatoriamente. Deixar que abram e sugerir que descubram de quem é a foto que encontraram. Cada um entrega a foto que encontrou para o seu dono. O dono da foto cola-a, com ajuda do professor, no seu cartaz de janelinhas.

3. Em roda, cada criança mostra a foto do seu brinquedo preferido para o grupo e, com ajuda do professor, conta o que é e como brinca com ele. Depois, colam na janelinha seguinte de seu cartaz.

4. Repetir a atividade acima quantas vezes quiser, acrescentando fotos de outras coisas significativas do universo familiar de cada criança (foto do quarto, do animal de estimação etc.)

Sequência 3: nós e todo mundo

1. Com os cartazes, montar um biombo para sala, ou um grande mural, ao qual as crianças terão acesso livre para verificar as fotos de suas janelinhas e as de seus colegas.

2. Tirar fotos das crianças na escola, em suas atividades cotidianas, em pequenos ou em grandes grupos. Montar um móbile na altura das crianças para enfeitar um canto da sala.

3. Entre algumas fotos tiradas na escola, selecionar as mais ilustrativas das atividades que acontecem diariamente para confeccionar um quadro de rotina do grupo.

4. Todos os dias montar a rotina, sequenciando as atividades representadas pelas fotos, com ajuda das crianças.

Quer saber mais?

Bibliografia

As cem linguagens da criança, Carolyn Edwards, ARTMED

Aprender e ensinar na Educação Infantil, Eulália Bassedas, ARTMED

Referencial Nacional para a Educação Infantil, MEC, 1998.

Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações Didáticas para a Educação Infantil, PMSP - SME/ DOT, 2007.

Fonte: Revista Nova Escola - Ana Lúcia Antunes Bresciane -Psicóloga, Formadora de professores e Coordenadora Pedagógica da Escola Recreio, em SP.

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sábado, 6 de fevereiro de 2021

O que são atividades sequenciadas ou sequência didática?

O que é?

 São planejadas e orientadas com o objetivo de promover uma aprendizagem específica e definida. 

São sequenciadas com a intenção de oferecer desafios com graus diferentes de complexidades. 

Essas sequências derivam de um conteúdo retirado de um dos eixos a serem trabalhados na educação infantil e estão necessariamente dentro de um contexto específico.

 Fonte: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

Como organizar?

Prever a ordem em que as atividades serão propostas, os objetivos, os conteúdos, os materiais, as etapas do desenvolvimento, a duração e a maneira como será feita a avaliação.

 Como usar?

 A maioria dos conteúdos exige tempo para aprender. 

Por isso, a sequência didática é a modalidade organizativa mais presente no planejamento. 

Escolher os conteúdos mais importantes, organizar a série, garantindo a continuidade e distribuí-los durante o ano. 

O número de atividades de cada sequência é variado, assim como o tempo de duração (ambos dependem do objetivo e da resposta da turma às propostas).

Espero que gostem!!!!

Até a próxima!!

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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Plano de aula: Brincadeira e movimento


A intenção principal desta sequência didática é promover a vivência das brincadeiras de pular corda e, por meio delas, abordar conteúdos relacionados ao Ritmo e a Expressão Corporal.

Essa sequência de atividades se justifica também como uma interessante e divertida forma de cultivo e valorização da cultura lúdica tradicional de nosso país.

Também se mostra importante como forma de promover situações de ensino e aprendizagem ricas no sentido da construção de habilidades corporais básicas, no desenvolvimento de dinâmicas de produção em pequenos grupos e ainda como possibilidade de introduzir e desenvolver a ideia de diversificação e transformação de estruturas lúdicas convencionais.

Objetivos
Ao final da sequência de atividades as crianças deverão ser capazes de
  • reconhecer a existência de elementos rítmicos e expressivos nas brincadeiras vivenciadas
  • reconhecer a possibilidade de variações e adaptações nas regras originais de uma brincadeira
  • realizar os movimentos básicos de saltar com um e dois pés, agachar, girar e equilibrar-se e suas relações com o ritmo em que esses movimentos são executados.
  • projetar e construir sequências de movimentos levando em conta os seus limites corporais e os dos colegas.
Conteúdos específicos
  • Brincadeira de pular corda.
  • Brincadeiras realizadas em pequenos grupos, sem finalidade competitiva e sem a divisão em equipes, quando a relação entre os desempenhos individuais compõe e viabiliza a vivência grupal.
  • Habilidades motoras de saltar com um e dois pés, agachar, girar, e equilibrar-se.
  • Capacidades físicas de velocidade e força.
  • Ritmo e expressividade.
Material Necessário
  • Espaço físico plano e desimpedindo (sala de aula, quadra, pátio, rua, ou similar)
  • Cordas individuais (1,5 metro)
  • Cordas coletivas (6 metros)
  • CD Player
Desenvolvimento das atividades

Em todas as aulas, inicie a atividade fazendo uma explicação das regras e da distribuição dos grupos pelo espaço físico, desenhando na lousa o posicionamento de cada um e os limites a serem utilizados durante as brincadeiras.
Esse desenho deve ser um diagrama simples, com as referências do espaço e a representação da posição que cada grupo de crianças vai ocupar durante a atividade.
Em todas as aulas realize uma roda de conversa no final para avaliar junto com as crianças os avanços conquistados e as dificuldades que foram enfrentadas durante a vivência das brincadeiras.
A seqüência didática está organizada em duas aulas com propostas de brincadeiras feitas por você e uma aula em que as crianças serão desafiadas a conceber brincadeiras.

Primeira aula - Pular corda, brincadeiras tradicionais
"Um homem bateu à sua porta..."
"Com que você pretende se casar..."
"Rei, capitão, soldado, ladrão..."
"Salada, saladinha..."
Existe uma enorme diversidade de brincadeiras de pular corda em nosso país. Essas sequências variam de região para região em relação aos gestos que compõem as seqüências e às músicas cantadas durante a realização.
No entanto, o princípio geral é basicamente o mesmo, ou seja, seqüências de movimentos realizados em torno de uma corda em movimento (principalmente saltos e giros), acompanhados de uma música cantada por todos.
Faça um levantamento com os alunos de todas as seqüências de pular corda que eles conhecem e confeccione uma lista com o nome das seqüências e a descrição dos movimentos de cada uma delas. Os alunos devem participar da confecção deste registro.
Ajude-os a se organizar em pequenos grupos de 5 elementos e distribua uma seqüência de pular corda para cada grupo realizar.
Percorra os grupos durante a atividade, observando se o ritmo de movimentação da corda é condizente com a capacidade de saltar dos participantes e oriente as crianças fazendo ajustes quando for necessário.

Segunda aula - Ritmo individual e em grupo
Distribua as cordas individuais e proponha para os alunos os seguintes desafios:
  • Cada aluno deve saltar a corda individualmente, num ritmo lento, e contar qual o número de repetições de saltos que consegue realizar em seqüência, sem errar.
  • Cada aluno deve fazer a mesma contagem, agora com a corda sendo batida num ritmo rápido.
É importante ressaltar que a definição de ritmo lento e rápido é realizada por critérios individuais de cada aluno.
Os resultados obtidos são anotados numa planilha, e podem ser utilizados posteriormente para avaliar a evolução da condição individual.
Em seguida, utilizando os mesmos sub-grupos da aula anterior, proponha que a corda seja batida por dois elementos e saltada pelos três outros componentes. Os dois extremos de ritmo (lento e rápido) devem ser estabelecidos pelo grupo, de forma a favorecer a eficiência da quantidade de saltos a ser conseguida por todos. Os batedores devem fazer um rodízio de função com os demais elementos do grupo, de forma que possam experimentar também o papel de saltadores.
Ao final, convide os alunos a refletir e a relatar suas experiências e ajustes necessários na vivência dos diversos ritmos propostos e comente o quanto existe de diversidade individual na determinação dos mesmos.

Terceira e quarta aulas - Corda musicada

Proponha aos alunos que, nos mesmos sub-grupos das aulas anteriores, inventem uma seqüência de saltos com a corda coletiva em movimento, utilizando uma trilha sonora escolhida por eles.
A escolha do ritmo da música a ser utilizada e a seqüência de saltos propostas serão o desafio de criação e execução de cada um dos grupos.
Como é provável que você tenha apenas um CD player, o tempo da aula deve ser distribuído de forma que todos os grupos tenham a oportunidade de conceber e ensaiar a execução de sua seqüência. Ao final das duas aulas, as apresentações podem ser exibidas para o grupo todo.
Enquanto um dos sub-grupos trabalha com o CD player, os outros podem usar o tempo para criar e ensaiar a sua seqüência, apenas cantando a música escolhida.

Avaliação
  • Volte seu olhar para os aspectos relacionados com a inclusão de todos os jogadores na vivência das atividades e com a experimentação de todas as funções existentes dentro dos jogos propostos.
  • Como essas brincadeiras são atividades de performance individual dentro de uma dinâmica coletiva, faça suas observações quanto ao desempenho e o ajuste rítmico dos jogadores individualmente ou dentro dos sub-grupos, não sendo necessário que a dinâmica do grupo todo seja interrompida para que alguma orientação seja feita.
  • As observações devem ser focadas em torno das variações de ritmo e as relações deste elemento com as capacidades físicas individuais e destas, em contexto coletivo de brincadeira.
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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Sequência Didática: Vamos brincar?

 


Introdução 

        Nesta sequência didática, as crianças participarão de uma série de brincadeiras e jogos de regras simples. Os jogos e brincadeiras serão apresentados de diversas maneiras e as crianças serão convidadas a explicar suas regras aos colegas, tendo como apoio fotos e desenhos das brincadeiras.

Objetivos:
        Esta sequência didática tem como objetivo a ampliação do repertório de brincadeiras do grupo e a possibilidade de criar diferentes situações de aprendizagem nas quais as crianças possam se divertir, brincar, falar, representar e reapresentar as diferentes brincadeiras.
- Compartilhar informações sobre as brincadeiras;
- Participar de situações significativas nas quais as crianças possam agir e falar sobre um tema comum de maneira mais estruturada;
- Conhecer as regras de algumas brincadeiras.

Material necessário:
 
Para as brincadeiras: bolas, bambolês, cordas, pedaços de madeira, sucatas, tecidos... Para o registro: máquina fotográfica, papéis e canetinhas.

Desenvolvimento das atividades:

1. Elencar as brincadeiras que serão apresentadas e registradas

        Fazer um levantamento das possíveis brincadeiras a serem apresentadas ao grupo, Garantindo tanto o contato com os jogos e brincadeiras que já fazem parte do repertório do grupo, como a apresentação de novas propostas. Exemplo de brincadeiras: Chuva de bolinha, corre-cotia, elefantinho colorido...

2. Definir quantas vezes na semana o projeto será trabalhado

        Definir quais momentos da rotina da sequência didática serão trabalhados, distinguindo momentos de conversa, momentos de brincadeiras, momentos de registro. Isto é, pode-se primeiro propor a brincadeira e depois (até mesmo num outro dia) organizar uma roda de conversa sobre a brincadeira realizada. Podem-se apresentar imagens (filmes e gravações) de outras turmas brincando e depois propor para as crianças brincarem.

3. Atividade disparadora – apresentação da sequência didática às crianças

        É importante para este primeiro contato planejar a maneira como a sequência didática será comunicada. Uma roda de conversa com perguntas e respostas pode ser insuficiente. É importante usar diferentes recursos para chamar a atenção das crianças, como por exemplo, levar imagens de jogos e brincadeiras, crianças jogando e materiais (bolas, cordas...) e formular perguntas como num jogo de adivinha para que as crianças falem sobre os jogos que já conhecem. Como as crianças ainda são muito pequenas, deve-se evitar muita “falação”, por isso devem-se planejar adivinhas e o uso de imagens para garantir uma melhor participação e envolvimento por parte delas.

4. Instituir rituais para as atividades que envolvem a sequência didática

        Criar rituais que dêem indícios às crianças sobre o assunto que irão tratar nas atividades de modo que se vinculem ao tema da sequência. Ex. confeccionar uma caixa com imagens de jogos e brincadeiras e levá-la para todas as situações relacionadas à sequência; propor um “grito de guerra” que anteceda os jogos, entre outras possibilidades.

5. Definir como será feito o registro da sequência e a confecção do livro de regras.

        Propor para as crianças a elaboração de um livro com as regras dos jogos e brincadeiras compartilhados pelo grupo. Definir como o livro será elaborado e como será a participação das crianças em sua elaboração, levando em consideração que algumas crianças são muito pequenas para explicar de forma clara as regras das brincadeiras. Garantir o registro gráfico das crianças, mesmo sabendo que os traçados das crianças desta faixa etária são rudimentares.

6. Oferecer aos pais a oportunidade de ensinarem uma brincadeira à turma

        Apresentar o tema da sequência didática aos pais e deixar em aberto a possibilidade de participação caso queiram ensinar uma brincadeira.

7. Realizar muitas vezes cada um dos jogos e brincadeiras trabalhados

        Considerando que um dos objetivos deste projeto é a ampliação do repertório de jogos e brincadeiras, deve-se planejar o contato sistemático das crianças com cada uma das propostas apresentadas, para que progressivamente possam se apropriar de suas regras.

8. Espaços e materiais

        Definir previamente os espaços onde as atividades ocorrerão e organizar os materiais que serão utilizados. Caso seja interessante deve-se incluir a participação das crianças no preparo dos espaços e organização dos materiais.

Avaliação:
 
       
Devem-se criar pautas de observação para as situações de conversas, para as brincadeiras e para os momentos de registro do projeto. A Avaliação deve ocorrer ao longo de toda a sequência didática, levando em consideração tanto a participação das crianças, como a adequação das propostas levadas a elas.

Bibliografia:
Moyles, JANET R. - Só Brincar? O Papel do Brincar na Educação Infantil – Artmed, 2002.
Friedman, Adriana A Arte de Brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais. – Vozes, 2004.

Fonte: Revista Nova escola.
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Atividade Permanente: Reinventando espaços

Faixa etária: 0 a 3 anos.

Objetivos:
- Conquistar autonomia de forma progressiva em relação a si próprio, aos outros e aos objetos.
- Desenvolver a identidade, reconhecendo limites e capacidades.
- Ter prazer e divertir-se com a vida coletiva na escola.
- Desenvolver a oralidade e a sociabilidade.

Conteúdos:

- Identidade e autonomia.
- Sociabilidade.
- Movimento.

Tempo estimado: O ano todo.

Material necessário:

Móveis da própria sala, tecidos de tamanhos e texturas variados, caixas de papelão, bambolês, brinquedos, livros, revistas, sucatas variadas, bolas e papelões vazados.

Desenvolvimento:

 
1ª etapa:
Observe diariamente como as crianças interagem com o ambiente. Que espaços e objetos preferem? Que materiais são mais desafiadores? Que ações executam com brinquedos, livros etc.? Registre suas observações e, com base nelas, planeje intervenções gradativas no espaço permanente da turma.

2ª etapa:

Organize cantos na sala, nos quais as crianças vão brincar e circular livremente. Use móveis, tecidos e tapetes para fazer uma divisão clara das áreas. O primeiro, com colchões e bolas, pode ser dedicado a brincadeiras corporais. O segundo, ao contato com livros e revistas. Mais um, para o faz de conta com objetos de cozinha e de bebês. Por fim, o canto de explorações (com tecidos de várias texturas, materiais sonoros e itens para desenho) e o das almofadas e dos objetos pessoais. Mostre tudo aos poucos, garantindo que os pequenos possam agir sozinhos ou em grupo.

3ª etapa:

Monte cabanas em alguns cantos para colaborar com a divisão do espaço e colocar uma limitação física no ambiente. Nelas, as crianças entram e saem, tendo momentos de privacidade e sociabilidade. Aproveite e use a cabana para uma proposta coletiva, convidando as crianças a ouvir uma história ou fazer um desenho coletivo.

4ª etapa:
A decisão sobre os materiais oferecidos é fundamental para propiciar desafios. É recomendável ter pequenos espelhos (desenvolvimento da identidade), caixas com objetos sonoros e outros de abrir e fechar (estímulo à exploração), além de pequenas bolas e tecidos grandes para jogar e puxar (promoção da sociabilidade). Variar a quantidade é útil para que os pequenos aprendam a pedir emprestado, a respeitar a vez do amigo e a compartilhar uma ação.

5ª etapa:

Realize constantes intervenções no espaço. Confeccione tapetes com texturas e caixas com aberturas. Varie as propostas para que os pequenos possam estar em pequenos grupos e com toda a turma. Promova brincadeiras na frente de um espelho com objetos e tecidos. Esteja atento para mediar situações de socialização e possíveis conflitos entre os pequenos.

Avaliação:
Crie situações para observar como cada um se relaciona com espaços, pessoas e objetos. Observe os avanços nas relações de respeito e no uso de estratégias comunicativas (orais ou não verbais), na gradativa superação de desafios corporais e no desenvolvimento da autonomia, tanto nas relações com os outros como no uso de objetos.

Fonte: Revista Nova Escola.
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