Pesquisar este blog

terça-feira, 28 de julho de 2020

Alfabetização e Letramento


É necessário ir além da simples apropriação do código escrito;
é preciso exercer as práticas sociais de leitura e escrita demandadas nas diferentes esferas da sociedade.
Assim, o conceito que ganha espaço e nova dimensão no mundo da escrita é o letramento.
Não se trata de uma nova palavra, mas da emergência de um fenômeno até então não discutido em profundidade: o uso que é feito da leitura e da escrita pelas pessoas que passam ou passaram pela escola.
O termo letramento, referindo-se à prática social da leitura e da escrita, vem juntar-se ao conceito de alfabetização no sentido de se dar conta não apenas da dimensão do processo de apropriação do código da escrita, mas das conseqüências desse conhecimento na vida dos indivíduos.”
O termo letramento passou a ser usado no meio
educacional a partir da década de 80. Um grande desafio no processo de aprendizagem da Língua Portuguesa é ter bem claros os conceitos de alfabetização e letramento, sabendo que cada um deles tem suas características. Alfabetização é entendida como processo de apropriação do sentido da escrita, e o Letramento é o processo de inclusão e participação na cultura escrita envolvendo o uso da língua em situações reais. Isso quer dizer que é necessário haver conhecimentos, atitudes e capacidades que possibilitem a pessoa “entender” aquilo que está lendo. O letramento e a alfabetização precisam andar juntos, pois a alfabetização é essencial para que o indivíduo se torne letrado, mas, apesar de serem inseparáveis, exigem formas de aprendizagem e procedimentos diferenciados de ensino. O processo de alfabetização se faz por meio da escolarização do aluno e o processo de letramento se faz no decorrer da vida. Podemos encontrar sujeitos que são escolarizados, mas não entendem o que lêem, decifram somente o código, estes são alfabetizados e não letrados. Por isso o grande desafio é o professor trabalhar no intuito de alfabetizar e letrar o indivíduo, possibilitando ao aluno que ele se aproprie do sistema lingüístico e consiga usar a língua na prática social da leitura e escrita. Diante disso, no processo de alfabetizar letrando, o professor como mediador do processo precisa respeitar o desenvolvimento natural do aluno,
os diferentes modos de aprender, e conhecer também o contexto social em que este aluno está inserido. O professor-mediador necessita ter um perfil para ser um professor alfabetizador veja alguns critérios que orientarão na escolha e na atuação deste profissional:
  • aceitar sua identidade profissional e valorizar seus conhecimentos e saberes sobre o processo de alfabetização;
  • administrar sua própria formação;
  • desenvolver continuamente sua competência de leitor e escritor;
  • questionar constantemente seu trabalho;
  • ser pesquisador;
  • socializar o seu trabalho;
  • envolver-se em trabalhos coletivos e compartilhados;
  • participar de processos de formação continuada;
  • valorizar os conhecimentos prévios dos alunos;
  • respeitar as capacidades e habilidades já desenvolvidas pelos alunos;
  • planejar, desenvolver e avaliar situações contextualizadas de ensino e aprendizagem na alfabetização;
  • valer-se de novas tecnologias da comunicação e da informação;
  • diagnosticar as dificuldades e problemas enfrentados pelos alunos, para intervir, interagir e mediar o processo de elaboração e apropriação da leitura e da escrita; Etc.
Estes critérios colaboram para a formação do professor alfabetizador, que trabalhados em conjunto facilitam e tornam reais a proposta de alfabetizar letrando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário