A avaliação, em uma dimensão formadora, considera a criança sujeito integral, e não fragmentado, que procura desenvolver-se com a finalidade de suprir as próprias necessidades pessoais e as do grupo ao qual pertence. Portanto, a avaliação deve ser entendida como um processo contínuo, no qual a própria criança será sempre a referência e não deverá haver comparações com outras crianças ou objetivos classificatórios e promocionais.
É preciso compreender o processo de desenvolvimento
infantil de forma integral, e não apenas constatar o que foi assimilado,
avançando assim para uma postura investigativa. Para que isso realmente
aconteça, é necessário ressignificar a avaliação na Educação Infantil e saber
que a criança está em constante processo de aprendizagem e desenvolvimento.
Com a equipe pedagógica da escola, construa
indicadores avaliativos, pareceres e/ou instrumentos de avaliação e registro
que possibilitem o desenvolvimento da criança no tempo dela, sem fazer
comparações ou nutrir expectativas falsas. Os registros da avaliação refletem a
imagem das ações desenvolvidas, e a forma final de registro da avaliação de
cada aluno será apenas uma síntese de tudo o que você observou sobre ele.
O objetivo principal do processo avaliativo deve
servir para que o professor reveja as suas intervenções e a sua prática e
mantenha um registro do desenvolvimento da criança focando sempre os
progressos, as necessidades e as experiências vividas.
A criança
da Educação Infantil, segundo Hoffmann, “tem maneiras peculiares e
diferenciadas de vivenciar as situações, de interagir com os objetos do mundo
físico. Seu desenvolvimento acontece muito rapidamente e a cada minuto ela
consegue novas conquistas, ultrapassa expectativas e nos causa surpresas”.
(HOFFMANN, Jussara Maria Lerch.
Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. 7.ed.
Porto Alegre: Mediação, 1996.)
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