Numa creche, espaços e objetos devem oferecer novas
experiências aos bebês.
Cândida Bertolini
Ivanira B. Cruz
O mundo está mudando e a educação dos bebês também.
Essa mudança provoca conflitos entre a velha e a nova forma de cuidar do bebê.
No tempo da vovó, os bebês nasciam e eram
enroladinhos. Pareciam “mumiazinhas” ou “pacotinhos” embalados para presente,
com aquelas mantas cuidadosamente bordadas... Como será que os lindos bebês se
sentiam, tão amarradinhos, se antes de nascer podiam agitar mãos e pés
livremente no útero?
É claro que bebê precisa de calor, aconchego. Ficar
enroladinho numa coberta ao dormir é uma delícia! Mas ele também precisa ter os
pés, as mãos o corpo livres, para mexer e descobrir quantas coisas consegue
fazer, virar de um lado para o outro, chupar o dedo, levantar as perninhas...
produzir movimentos.
O bebê já tem competências motoras ao nascer e seu
desenvolvimento acontece continuamente.
Bebês de três a quatro meses adoram objetos como almofadas
que servem de apoio para se encostarem, apalparem, subirem, descerem.
Os
móbiles despertam neles os movimentos dos olhos e da cabeça, ajudando a firmar
o pescoço.
Os brinquedos diversos, coloridos, fascinam os bebês, estimulando-os
a se locomoverem até alcançá-los.
Os bebês interagem procurando pegar e
compartilhar objetos.
E isso os leva a se arrastarem, rolarem, mudarem de
posição,
conquistarem espaços e diferentes pontos de vista.
Dependendo das
experiências que o meio ambiente proporciona,
logo eles estão de pé, tentando
novas interações.
Os espaços e objetos de uma creche devem estar a
favor do desenvolvimento sadio dos bebês,
propiciando-lhes experiências novas e
diversificadas.
Texto extraído do
Livro: ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde (org). Fazeres na Educação Infantil.
São Paulo: Cortez, 1998. Página 143.
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