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domingo, 10 de maio de 2020

Um ambiente para explorar


Numa creche, espaços e objetos devem oferecer novas experiências aos bebês.

Cândida Bertolini
Ivanira B. Cruz

O mundo está mudando e a educação dos bebês também. 
Essa mudança provoca conflitos entre a velha e a nova forma de cuidar do bebê.

No tempo da vovó, os bebês nasciam e eram enroladinhos. Pareciam “mumiazinhas” ou “pacotinhos” embalados para presente, com aquelas mantas cuidadosamente bordadas... Como será que os lindos bebês se sentiam, tão amarradinhos, se antes de nascer podiam agitar mãos e pés livremente no útero?

É claro que bebê precisa de calor, aconchego. Ficar enroladinho numa coberta ao dormir é uma delícia! Mas ele também precisa ter os pés, as mãos o corpo livres, para mexer e descobrir quantas coisas consegue fazer, virar de um lado para o outro, chupar o dedo, levantar as perninhas... produzir movimentos.

 O bebê já tem competências motoras ao nascer e seu desenvolvimento acontece continuamente.
Bebês de três a quatro meses adoram objetos como almofadas que servem de apoio para se encostarem, apalparem, subirem, descerem. 
Os móbiles despertam neles os movimentos dos olhos e da cabeça, ajudando a firmar o pescoço. 
Os brinquedos diversos, coloridos, fascinam os bebês, estimulando-os a se locomoverem até alcançá-los. 
Os bebês interagem procurando pegar e compartilhar objetos. 
E isso os leva a se arrastarem, rolarem, mudarem de posição, 
conquistarem espaços e diferentes pontos de vista.
 Dependendo das experiências que o meio ambiente proporciona, 
logo eles estão de pé, tentando novas interações.

Os espaços e objetos de uma creche devem estar a favor do desenvolvimento sadio dos bebês, 
propiciando-lhes experiências novas e diversificadas.

Texto extraído do Livro: ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde (org). Fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 1998. Página 143.

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