Decroly, educador belga, ressaltou que a criança deve solucionar os problemas e viver os momentos de existência infantil plenamente: esse é o destaque que colocou na educação infantil, compreendendo as condições do desenvolvimento infantil e não a preparação para a vida adulta, como era o pensamento educacional em vigor, na sua época.
Decroly ajustou a escola à psicologia da
criança, transformando o ensino, sendo que seu método é chamado por centros de
interesse, destinado principalmente aos alunos das classes primárias, porque
procura associar os interesses infantis com os conhecimentos.
Para ele os centros de interesse se
modificam com a idade. Isto é, dos três aos seis anos de idade, no Jardim,
através do contato com o meio. A isto se associava a idéia de conhecimento,
pela criança, de defender-se de perigos e acidentes, de lutar contra as
dificuldades, de suas necessidades de se alimentar, de ter alegria e de
trabalhar e agir em grupo. Conhecendo o meio, a criança estaria satisfazendo
suas necessidades. Sendo assim, a sala de aula está presente no dia-a-dia da
criança: na cozinha, no jardim, no museu, no campo, na oficina, nas viagens
etc.
Para Decroly,
a criança passava por três momentos nos seus centros de interesse: o da
observação, o da associação e o da expressão. A duração dos centros de
interesse pode variar muito, até meses, sendo, portanto, flexível, por motivo
da riqueza dos conhecimentos a serem trabalhados.
Não se preocupou em escrever uma obra
fundamental, porque pensava, ao expor suas técnicas, que elas poderiam se
cristalizar: preocupou-se mais em apresentar princípios educacionais do que com
fórmulas rígidas.
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