Neste post listamos alguns dos principais teóricos da educação e, podemos afirmar que são cobrados nas provas de concurso para professor.
Certamente existem outros teóricos, mas aqui você pode conferir um breve resumo dos principais autores da Educação, sua respectiva teoria e livro.
Para quem está cursando Pedagogia e pretende ingressar no mundo da Educação, é sem dúvida, imprescindível estudar e pesquisar sobre os pensadores da pedagogia.
Conhecer os teóricos da educação é de suma importância para
o professor, pois auxiliam no aumento do conhecimento e melhoram a formação.
Para os pedagogos que pretendem ingressar na carreira
pública, através de concurso, as listas resumidas de teorias facilitam o estudo
e garantem a assimilação mais rápida do conteúdo.
Existem atualmente uma infinidade de conteúdos e hoje listamos os nomes de 9 teóricos que contribuíram na história da Educação.
Conheça a seguir:
Começamos com um dos principais teóricos, PAULO FREIRE, colocou em foco a criticidade na infância. Paulo Freire é conhecido mundialmente e foi o mais memorável educador brasileiro. Ele propôs a criticidade dos alunos em sala de aula, condenando o ensino que era oferecido pelas escolas, voltadas para o ensino da elite, deixando muitos alunos sem receber uma educação de qualidade, qualificada como educação bancária. E ainda, criticava a ideia de transmitir conhecimento de professor para aluno. Para ele, ninguém ensina nada a ninguém, o indivíduo precisa aprender entre si e ser mediado pelo mundo.
Indicação de livro: Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire,
Editora Paz e terra, 1996.
MARIA MONTESSORI, idealizou uma Educação para a vida.Montessori foi a primeira mulher a se formar em medicina em seu país, também foi pioneira na pedagogia, quando focou na auto- educação do aluno, contra o papel do professor como fonte única de conhecimento. Para Montessori, a educação é uma conquista da criança, pois já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, caso tenhamos condições para isso. A base de sua teoria é a individualidade, atividade e a liberdade do aluno, com foco no conceito individual como simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. Ela defendia a Educação além do acúmulo de informações, para Montessori, o objetivo da escola é a formação integral da criança.
Indicação de livro: A descoberta da criança. Pedagogia
científica, Maria Montessori, Editora Kirion, 1997.
JEAN PIAGET, também um dos teóricos mais estudados para concurso de professor, favoreceu a atividade mental do aluno. Piaget foi um dos teóricos mais influentes na educação, chegando se tornar sinônimo de Pedagogia. Embora nunca tenha atuado como pedagogo, e nem possui um método próprio, ele dedicou sua vida a observação científica rigorosa da aquisição do conhecimento pela criança. Ele criou um campo de investigação que chamou de epistemologia genética, teoria que foi centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo Piaget, o pensamento infantil passa por quatro estágios de desenvolvimento, são eles: fase sensório-motora: nascimento até cerca de 2 anos, fase pré-operacional: de 2 a 7 anos, estágio operacional concreto: 7 a 11 anos e estágio operacional formal: 11 anos ou mais. Uma das grandes contribuições de Piaget foi o raciocínio lógico matemático, fundamental na escola, segundo ele, este conhecimento só pode ser ensinado dependendo da estrutura de conhecimento da criança.
Indicação de livro: A psicologia da criança, Paulo Jean
Piaget, Bertrand Brasil, 1990.
LEV VYGOTSKY, também está na lista dos teóricos da educação, contribuiu com a experiência relação homem e mundo. Vygotsky morreu de forma prematura a mais de 70 anos, porém, suas obras ainda continuam em debate em diversos países até os dias atuais. Ele atribuía um papel importante as relações sociais e ao desenvolvimento intelectual, por isso a corrente pedagógica que teve origem pelo seu pensamento ficou conhecida como sócio-construtivista ou sócio-interacionismo. O pensador da ênfase ao social e ao interpessoal, em oposição a Jean Piaget que atribui o conhecimento a processos internos. Embora discordassem, suas obras normalmente complementam uma a outra, formando novos métodos de ensino. Segundo Vygotsky o aprendizado decorre da compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade, ou seja, “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”, segundo ele. Para o pensador, a formação acontece na relação dialética entre o sujeito e a sociedade ao seu redor, e essa relação não é passível de generalização. O mais importante na teoria de Vygotsky é a interação que cada um estabelece com o ambiente, chamando de experiência pessoalmente significativa.
Indicação de livro: Pensamento e linguagem, Lev Vygotsky,
Editora Martins Fontes, 1991
CELESTIN FREINET, mestre do trabalho e bom senso, dos pensadores. Listamos também Freinet, educador que, em meados do século XX, lutou contra o ensino tradicional, centrado no professor e na cultura enciclopédica. Trouxe uma educação ativa e popular, tanto para a organização da rede de ensino como no aprendizado em si. Ele acreditava que era necessário transformar a escola por dentro, pois é dela que se manifestam as contradições sociais. Para Freinet, o trabalho e a cooperação vêm em primeiro lugar, defendendo que “não é o jogo que é natural da criança, mas sim o trabalho”, seu maior objetivo é criar uma escola do povo.
Indicação de livro: Uma pedagogia de atividade e cooperação,
Celestin Freinet, Editora Vozes, 2010
HENRI WALLON, defende o processo de evolução individual. Wallon defende o processo de evolução do indivíduo que depende da capacidade biológica em conjunto com o meio ambiente, afetando de alguma forma seu desenvolvimento. Ao nascer, segundo Henri, a pessoa nasce com um aparelho fonador em ótimas condições, mas só vai atingir o desenvolvimento, quando estiver em um ambiente que o estimule a aprender. Wallon, assim como Piaget, divide o desenvolvimento da criança em cinco etapas, sendo elas: impulsivo-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e puberdade e adolescência. Ao longo do processo de desenvolvimento, a afetividade e a inteligência se alternam, embora não sejam funções exteriores uma a outra, ao reaparecer como atividade dominante, uma incorpora as conquistas da outra.
Indicação de livro: Uma concepção dialética do
desenvolvimento infantil, Henri Wallon, Editora Vozes, 2011
JOHN DEWEY, defensor da instituição democrática. A teoria de Dewey se inclui na educação progressista, com o objetivo de educar a criança como um todo, no crescimento físico, emocional e intelectual. O princípio de Dewey é que os alunos aprendem realizando tarefas associadas ao conteúdo ensinado. Para ele, é preciso incluir atividades manuais e criativas para que as crianças sejam estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional, mas também no interior das instituições.
Indicação de livro: John Dewey / Robert B. Westbrook; Anísio
Teixeira, José Eustáquio Romão,Verone Lane Rodrigues (org.). – Recife: Fundação
Joaquim Nabuco, Editora
Massangana, 2010
HOWARD GARDNER, o teórico que defende a diversidade da inteligência. Dos pensadores, este se dedica a estudar a forma como o pensamento se organiza, entrando em um grande conflito quando alega que a inteligência não pode ser medida pelo raciocínio lógico- matemático, geralmente sendo o mais valorizado nas instituições. Para o pensador há vários tipos de inteligência: musical, espacial, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal, naturalista e existencial, se tornando a teoria das inteligências múltiplas, que atraiu a atenção dos professores, fazendo com que suas teorias se aproximassem do universo educacional.
Indicação de livro: Inteligências múltiplas ao redor do
mundo, Howard Gardner, Editora Artimed, 2010.
JOSÉ CARLOS LIBÂNEO, em sua teoria o autor destaca a busca de uma educação transformadora. Para este autor, tenho preferência do livro que indiquei. Para Libâneo, a educação deve servir como instrumento de luta para a transformação dos conceitos sociais. Através do conhecimento, que possibilita a liberdade intelectual e a política, para que as pessoas pudessem dar o real valor a informação, julgando de forma mais crítica e tomando decisões livres. A preparação dos alunos para o processo produtivo e para a vida em sociedade deve envolver conceitos, habilidades, valores e atitudes que propiciem uma visão em conjunto, levando o indivíduo a ter capacidade de tomar decisões, fazer análises, interpretar informações, trabalhar em equipe, dentre outros. Em segundo plano, Libâneo auxilia os alunos nas competências de pensar de forma autônoma, crítica e criativa para desenvolver meios de busca pela informação.
Indicação de livro: Democratização da escola pública: A
pedagogia crítico-social dos conteúdos, José Carlos Libâneo, Edições Loyola,
1985.
Referências
Revista
nova escola
Fundação
telefônica-Educação
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