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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Psicomotricidade


O que é Psicomotricidade

Psicomotricidade é a ciência que estuda o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interior e exterior, podendo ser definida como a capacidade de determinar e coordenar mentalmente os movimentos corporais.

A palavra "psicomotricidade" vem do termo grego psiché = alma e do verbo latino moto =mover frequentemente, agitar fortemente.
A psicomotricidade está relacionada com o processo de maturação, no qual o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas, sendo sustentada pelo movimento, intelecto e afeto. 
É a capacidade psíquica de realizar movimentos, através da atividade psíquica que transforma a imagem para a ação em estímulos para os procedimentos musculares adequados. 
Pode-se assim dizer que a psicomotricidade é um termo usado para uma concepção de movimento organizado e integrado, de acordo com as experiências vividas pelo sujeito cuja ação é o resultado da sua individualidade, linguagem e socialização.
 No início, a psicomotricidade fixava-se apenas no desenvolvimento motor. 
Depois, estudou a relação entre o desenvolvimento motor e intelectual da criança e só agora estuda a lateralidade, a estruturação espacial, a orientação temporal e as suas relações com o desenvolvimento intelectual da criança.
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Plano de aula: Roda de leitura

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Proposta do dia apreciação do reconto do livro: Cadê? de Guto Lins

Motivação: Escuta de leituras de diversos gêneros: histórias

Hipóteses de conquistas das crianças:

(CG.EI03EF08b.d) Participar de variadas situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos.

Quais os campos de experiências serão contemplados?

(   ) Eu, o outro e o nós              

(   ) Corpo, gesto e Movimento           

(   ) Traços, sons, cores e formas           

( X ) Escuta, fala, escrita, pensamento e imaginação     

(   ) Espaço, tempo, quantidade, relações e transformações

(   ) Mundo social  e natural: investigação, relação, transformação e preservação            

Estrutura da proposta:   

Enviar no grupo uma saudação de início da aula.

Em seguida, enviar orientação quanto a atividade, explicando que para esta atividade precisaremos encontrar um local bem aconchegante para sentar e assistir vídeo de história contada. 


Orientar por mensagem escrita, que solicitem as crianças que assistam o vídeo prestando bastante atenção a história, e façam alguns questionamentos depois, como: vocês gostaram? Qual parte mais gostou? Pedir que deixem as crianças se expressarem.

            Enviar a seguinte pergunta no grupo, incentivando a interação: Cadê as crianças do que estavam aqui? 

 Recursos:

  • Folha de atividade? (  ) sim ou ( x ) não
  • Ferramentas digitais utilizadas na interação com as turmas:

(  ) Áudios Explicativos;         

(  ) Vídeos Aulas;           

( x ) Orientações Digitadas;

(  ) Fotos, Imagens;      

( x ) Vídeos e Áudios de Outras Mídias;

(  ) Outros.

Quais? ________________________________________________________________

 Pauta do olhar - Participação e interação

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Plano de aula: Barquinho de papel

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Motivação: Desenvolvimento das ações expressivas por meio de suportes variados.

Hipóteses de conquistas das crianças:

(EI03TS02.s) Expressar-se, livremente, por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais

Quais os campos de experiências serão contemplados?

(   ) Eu, o outro e o nós              

(   ) Corpo, gesto e Movimento           

( x ) Traços, sons, cores e formas           

( x ) Escuta, fala, escrita, pensamento e imaginação     

(   ) Espaço, tempo, quantidade, relações e transformações

(   ) Mundo social  e natural: investigação, relação, transformação e preservação            

Estrutura da proposta:   

Enviar no grupo uma saudação de início da aula.

Em seguida, enviar orientação escrita ou áudio, explicando que para a realização da proposta de hoje precisaremos assistir um vídeo e que nesse vídeo aprenderemos montar um barquinho de papel. Explicar que precisaremos para esta aula uma folha sulfite e materiais para colorir.

Solicitar que apresentem o vídeo às crianças e que auxiliem na confecção do barquinho, incentivando a deixar o papel bem colorido antes de montar, e ajudando nas dobraduras, e que se possível tirem fotos durante a realização da atividade e envie no grupo.

 


Recursos:

  • Folha de atividade? ( x ) sim ou (  ) não
  • Ferramentas digitais utilizadas na interação com as turmas:

(  ) Áudios Explicativos;         

(  ) Vídeos Aulas;           

( X ) Orientações Digitadas;

( X ) Fotos, Imagens;      

( X ) Vídeos e Áudios de Outras Mídias;

(  ) Outros.

Quais? _________________________________________________________________

 Pauta do olhar: Participação e interação

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Plano de Aula: Expressões Faciais

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MOTIVAÇÃO 

O que me leva a escolher essa proposta?

Proporcionar as crianças momentos onde possam explorar expressões faciais e reconhecer os diferentes tipos de emoções e sentimentos nas pessoas

HIPÓTESES DE CONQUISTAS DAS CRIANÇAS

O que espero que as crianças conheçam e descubram com essa proposta?

·         Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.

·         Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.

Quais campos de experiências serão contemplados?

( X ) Eu, o outro e o nós

(  ) Escuta, fala, escrita, pensamento e imaginação

( X ) Corpo, gestos e movimento

( X  ) Traço, sons, cores e formas

(  ) Espaço, tempo, quantidade, relações e transformação

(  ) Conhecimentos “Mundo Social e Natural: investigação, relação, transformação e preservação”

PREVENDO A AÇÃO

Tempo: As orientações da atividade serão encaminhadas no período da aula - vespertino

Duração Prevista: a atividade terá duração de acordo com o interesse dos participantes

Espaço a ser utilizado: cômodo da casa onde a criança possa assistir o vídeo e dançar

Materiais que serão utilizados: aparelho para assistir o vídeo, fotografar ou filmar 

Folha de Atividade? (  ) Sim       ( x )  Não

Organização do espaço: Um espaço onde a criança possa se expressar dançando.

ESTRUTURA DA PROPOSTA

Enviar no grupo uma saudação de início da aula.

Em seguida, enviar orientação escrita ou audio, explicando que para esta atividade precisaremos assistir um vídeo ilustrando a Musica: “CARA DE QUÊ?” – Coração palpita 

Solicitar que ao assistirem o video imitem as expressões faciais que aparecem.

Considerando ser fundamental a participação das famílias, solicitar via mensagem escrita que elas incentivem as crianças nas atividades.  Pedir que apresentem a música incentivando as crianças a realizarem os gestos expressivos que a música pede.

Finalização da proposta

Solicitar aos pais que se possível, tirem foto durante a atividade e envie no grupo pois elas serão utilizadas na montagem de um vídeo da sala.

HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO

O que espero que aconteça e como penso mediar a situação.

·    Não ocorra interação no grupo por parte dos pais ou responsáveis. Mandar mensagem explicando a importância da participação durante as atividades propostas. 

PAUTA DO OLHAR

·         Participação e interação durante o momento da aula, e observação e registro das fotos enviadas pelos pais.


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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Currículo na Educação Infantil

Resenha do livro

 Currículo na Educação Infantil: 
Diálogo com os demais elementos da Proposta Pedagógica

Fátima Salles
Vitória Faria

        Este livro foi escrito a partir das experiências e dos conhecimentos construídos ao longo da carreira das autoras com relação à Educação Infantil.
Ele foi compilado em três capítulos. 

No primeiro intitulado O currículo como um dos elementos da Proposta Pedagógica”, as autoras discutem sobre a Proposta Pedagógica como parte do currículo, sendo ela a construção da identidade, da organização e da gestão do trabalho pedagógico dentro da escola. Esse processo de construção é imbuído de crenças, valores, concepções que exercem e sofrem influências na ação pedagógica como também no processo de avaliação seja da instituição,seja dos alunos. 
A proposta pedagógica está ainda referendada por leis que normatizam sua estrutura e seu papel histórico nas lutas por conquistas na Educação Infantil, por isso faz necessário na sua elaboração observar alguns critérios, tais como: os objetivos (Para quê?), a quem se destina (Para quem?), os sujeitos de sua elaboração (Por quem é elaborada?) reafirmando a necessidade de um trabalho coletivo e reflexivo sobre a prática educativa desenvolvida na escola. 
As autoras neste capítulo chamam a atenção a respeito da articulação da proposta pedagógica da escola com as normatizações referendadas pelos Conselhos de Educação devendo ser contempladas nas instituições de Educação Infantil particularidades das dimensões do cuidar-educar. 
Assim o primeiro capítulo é concluído considerando que é importante na elaboração da proposta pedagógica a inclusão da história da instituição, o contexto em que ela está inserida, sua estrutura, sua filosofia e as intenções quanto à organização do tempo, do espaço e da gestão do trabalho, incluindo o currículo. 
No segundo capítulo, “O currículo na Educação Infantil: as relações da criança com os conhecimentos da natureza e da cultura”, as autoras partem da concepção de criança, de suas formas privilegiadas de aprender e de se desenvolver em uma perspectiva sociocultural.
Além disso, discutem o papel da escola e da instituição de educação infantil na constituição da identidade da criança como sujeito histórico-cultural e ainda mostram os conhecimentos, atitudes, procedimentos e valores que devem ser trabalhados apresentando as diversas possibilidades de apropriação, criação e recriação da cultura dentro de conhecimentos formais e informais sobre as linguagens, a sociedade e a natureza. 
Nessa fase de 0 a 6 anos a criança está em pleno desenvolvimento físico-motor construindo as relações com o mundo que a cerca, com o outro, com os objetos, começam a adquirir e desenvolver sua capacidade simbólica, a fase da brincadeira, da imitação, desenvolvendo assim múltiplas linguagens que nessa fase da Educação Infantil é essencial, assimilando a cultura historicamente construída, e produzindo também cultura e conhecimentos numa perspectiva de mundo numa visão macro, globalizada e informatizada. 
A escola nesse processo é caracterizada como um espaço de acesso a conhecimentos ditos como formais que permitem novas formas de pensamento e comportamento construídos historicamente e culturalmente pela humanidade através de interações entre os sujeitos e de forma intencional. Por isso, cabe ao professor promover intencionalmente aprendizagens significativas para as crianças conduzindo-as para esses conhecimentos historicamente acumulados.
E por fim no terceiro capítulo cujo título é “O currículo em ação na Instituição de Educação Infantil”, as autoras mostram experiências práticas mostrando como os diversos elementos da Proposta Pedagógica se articulam no fazer cotidiano dos professores que trabalham com crianças de 0 a 6 anos.
Essa articulação se dá através das metodologias adotadas pelo professor e se baseiam através das crenças, valores e concepções que o profissional tem sobre educação, currículo, criança e, além disso, envolvem posturas, atitudes, procedimentos, estratégias e ações.
Portanto, é fundamental o professor de Educação Infantil participar da elaboração da proposta pedagógica da instituição na qual está inserido, conhecer o currículo da Educação Infantil, refletir sobre sua execução na prática de sala de aula para poder opinar sobre o que funciona ou não, na prática cotidiana. Mas para isso é necessário o conhecimento e uma prática pedagógica reflexiva, uma participação efetiva dentro da escola, sendo um colaborador constante, um profissional engajado e preocupado com o bem maior da instituição de educação infantil que são as crianças.
           
DIAS, Fátima Regina Teixeira de Salles; FARIA, Vitória Líbia Barreto de.Currículo na Educação Infantil: Diálogo com os elementos da Proposta Pedagógica. São Paulo: Ática, 2012 

A leitura deste livro é de suma importância para pesquisadores, gestores, professores e estudantes que se interessam pelo universo da Educação Infantil.
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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Painel Vogais: trenzinho

Modelo de painel para apresentar as vogais as crianças...
pode ser feito uma atividade de colorir coletivo pelas crianças
e depois expor na sala de aula.





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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Guia BNCC na Prática Para a Educação Infantil em PDF para baixar

     

A NOVA ESCOLA com parceria com a fundação LEMANN lançaram uma versão impressa de Guia BNCC na Prática Para a Educação Infantil.

    Para auxiliar no nosso trabalho o conteúdo do documento é muito bem elaborado e e explica os principais pontos que você precisa saber para aplicar o documento em sala de aula.

Este Guia está disponível no site da NOVA ESCOLA e no site da Fundação LEMANN, e estou disponibilizando em PDF aqui abaixo

Educação Infantil 
50 páginas 

O que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe para o desenvolvimento das crianças na Educação Infantil, e como aplicar essas diretrizes no dia a dia?

O Guia da Base, de NOVA ESCOLA, traz explicações sobre as principais mudanças para essa etapa e mostra exemplos de professores que já trabalham com atividades alinhadas às propostas da Base. 

Com a consultoria de Fernanda Pinho, mestre em Educação e Coordenadora de Projetos do Instituto Natura, o conteúdo esclarece o que são os direitos de aprendizagem, uma novidade da BNCC, e explica um a um quais são os cinco campos de experiência que vão reformular a organização curricular. 

Com a colaboração de Fernanda Pinho, especialista em Educação Infantil, o Guia aborda temas como a avaliação das crianças nesta etapa, como planejar as experiências nas creches e instituições e qual deve ser o papel do professor. 

Veja os principais tópicos:

 O que mudou? Com a BNCC, as crianças passam a ter 6 direitos de aprendizagem 
 Campos de Experiência — O que é essencial aprender e desenvolver dos 0 aos 5 anos de idade 
 Evolução nos documentos — O que diferencia a BNCC das referências anteriores? 
 O que e como ensinar — Conheça os principais conceitos de aprendizagem da BNCC 
 Exemplo prático — Confira uma experiência alinhada à BNCC 
 Para se aprofundar —Avaliando as crianças na Educação Infantil 
 Análise da Especialista — Por que planejar na Educação Infantil? 
 Dicas para a sua formação — Conheça obras e autores para se atualizar 
 Teste seus conhecimentos — O que você sabe da BNCC para Educação Infantil?

Clique abaixo para visualizar ou baixar em PDF

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Plano de aula - Roda de leitura


Proposta do dia apreciação da leitura do livro: O Monstro das Cores

Motivação: Escuta de leituras de diversos gêneros: histórias

Hipóteses de conquistas das crianças:

(EI03EF08b.d) Participar de variadas situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos.

 Quais os campos de experiências serão contemplados?

(   ) Eu, o outro e o nós              

(   ) Corpo, gesto e Movimento           

(   ) Traços, sons, cores e formas           

( X ) Escuta, fala, escrita, pensamento e imaginação     

(   ) Espaço, tempo, quantidade, relações e transformações

(   ) Mundo social  e natural: investigação, relação, transformação e preservação            

Estrutura da proposta:   

Enviar no grupo uma saudação de início da aula.

Em seguida, enviar orientação quanto a atividade, explicando que para esta atividade precisaremos encontrar um local bem aconchegante para sentar e assistir vídeo de história contada.


Orientar por mensagem escrita, que solicitem as crianças que assistam o vídeo prestando bastante atenção a história,
e façam alguns questionamentos depois, como: vocês gostaram? Qual parte mais gostou? Que bichinho é esse? E as cores vocês lembram quais eram as cores faladas no livro?  

Pedir que deixem as crianças se expressarem.

Solicitar aos pais que tirem foto durante a atividade e que enviem no grupo, se possível o que a criança expressou sobre a história.

Recursos:

  • Folha de atividade? (  ) sim ou ( x ) não
  • Ferramentas digitais utilizadas na interação com as turmas:

(  ) Áudios Explicativos;         

(  ) Vídeos Aulas;           

( x ) Orientações Digitadas;

(  ) Fotos, Imagens;      

( x ) Vídeos e Áudios de Outras Mídias;

(  ) Outros.

Quais? _____________________________________________________________________

 Pauta do olhar - Participação e interação

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sábado, 6 de fevereiro de 2021

O que são atividades sequenciadas ou sequência didática?

O que é?

 São planejadas e orientadas com o objetivo de promover uma aprendizagem específica e definida. 

São sequenciadas com a intenção de oferecer desafios com graus diferentes de complexidades. 

Essas sequências derivam de um conteúdo retirado de um dos eixos a serem trabalhados na educação infantil e estão necessariamente dentro de um contexto específico.

 Fonte: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

Como organizar?

Prever a ordem em que as atividades serão propostas, os objetivos, os conteúdos, os materiais, as etapas do desenvolvimento, a duração e a maneira como será feita a avaliação.

 Como usar?

 A maioria dos conteúdos exige tempo para aprender. 

Por isso, a sequência didática é a modalidade organizativa mais presente no planejamento. 

Escolher os conteúdos mais importantes, organizar a série, garantindo a continuidade e distribuí-los durante o ano. 

O número de atividades de cada sequência é variado, assim como o tempo de duração (ambos dependem do objetivo e da resposta da turma às propostas).

Espero que gostem!!!!

Até a próxima!!

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Mensagem Volta às Aulas

 love letter 
Este vídeo foi elaborado para ser enviado como abertura das aulas remotas da minha turma em 2021.

Espero que gostem da sugestão!

Gostaram? 

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Adaptação: Quando a criança começa a frequentar a creche ou pré-escola

 O QUE É ADAPTAÇÃO?
 Na creche ou pré-escola, os principais períodos de adaptação da criança, da família e do educador ocorrem quando a criança entra na educação infantil, quando muda de turma e quando ela sai da instituição. Aqui nós vamos comentar mais sobre os primeiros dias de uma criança nova na educação infantil e sua família.
Os momentos iniciais na educação infantil exigem sempre um esforço de adaptação da criança, da família e daqueles que assumem seus cuidados. Habitualmente, a criança convive com poucas pessoas em casa, com quem já estabeleceu um forte vinculo afetivo. Lá ela pode explorar os cômodos e objetos da casa, observando e participando das atividades familiares.
Já na creche ou pré-escola, a criança passa a conviver com um grande número de adultos e crianças, em um ambiente novo, que geralmente lhe é estranho. Tudo é novo. Mudam as pessoas, o espaço, os objetos, a rotina.
Essas novidades podem ser atraentes para a criança pequena, quando enfrentadas em companhia de um familiar ou de uma pessoa conhecida e querida. Mas quando separada deles, a criança pode sentir-se sozinha, e as novidades lhe causam medo. Ela pode demonstrar isso ficando triste ou quieta demais.
Porém se engana quem acha que só a criança enfrenta mudanças na entrada da educação infantil. Sua reação pode ser a mais evidente. Mas a família também sofre nesse processo. As mudanças não ocorrem só na rotina da família, que tem de encaixar os horários da creche ou pré-escola no seu dia-a-dia. Muda também a forma de encarar a educação e o cuidado de sua criança.
Quando a criança é muito novinha, a mãe frequentemente se pergunta: “Mãe que é mãe deixa seu bebê na creche?”
Ou então a sogra, mãe ou pediatra lhe fazem esse incômodo questionamento, através de comentários ou gestos...
E não é só a criança e a família que enfrentam mudanças. O educador também precisará se adaptar, descobrindo pouco a pouco, nesta criança e nesta família, seus novos parceiros do dia-a-dia.
A instituição de educação infantil também muda ao oferecer seu serviço à família. Ela recebe mais do que novas pessoas. Recebe a cultura, o hábito, a historia delas. Todas acabam mudando. Esse complicado processo de mudanças tem suas vantagens e desvantagens.

AS VANTAGENS E OS PROBLEMAS DA ADAPTAÇÃO

A época de adaptação é muito especial. Todos desejam que ela caminhe da melhor forma. Mas para cada criança e cada família esse processo ocorre de um jeito ligeiramente diferente, em parte, imprevisível.
São muitos os pequenos acontecimentos, mínimos comentários, gestos menores que vão influenciando... E tantas vezes eles acontecem que nem os notamos. Entretanto não dá para negar que as pessoas ficam mais sensíveis neste período. Essa sensibilidade nos deixa mais atentos a esses pequenos fatos. E é justamente essa sensibilidade que pode facilitar ou dificultar as relações entre as pessoas.
Facilitam, quando elas ficam mais flexíveis, mais abertas para ouvir o que os outros têm a dizer, pois aumenta a possibilidade de refletir sobre um acontecimento e tomar uma atitude madura frente a ele.
Dificulta, quando a sensibilidade produz um nível de ansiedade ou nervosismo muito grande. Um pequeno gesto de alguém pode ser tomado como ofensivo para quem está muito tenso. Uma coisinha qualquer pode desconjuntar as ideias e as relações.
Por esse motivo, é importante ter na equipe pessoas disponíveis para ouvir um desabafo, conversar, orientar, dar apoio àqueles que estiverem precisando, seja uma criança, uma pessoa da família ou um educador.
Um jeito inadequado de enfrentar a questão é manter a creche ou pré-escola fechada à família, quando a criança é diariamente entregue e devolvida na porta de entrada. Com essa prática, alguns conflitos e confrontos com os familiares da criança podem até ser evitados. Porém, perde-se a oportunidade de estabelecer a parceira tão necessária entre a instituição e a família. E quem sofre mais com isso acaba sendo a criança!

PLANEJAR E ORGANIZAR-SE PARA RECEBER AS NOVAS 
CRIANÇAS E FAMÍLIAS É UMA BOA IDEIA

O período de adaptação deve ser cuidadosamente planejado para promover a confiança e o conhecimento mútuo, favorecendo o estabelecimento de vínculos afetivos entre as crianças, as famílias e os educadores.
Dá-se, assim, oportunidade para a criança ter experiências sociais diferentes da experiência familiar fazendo contatos com outras crianças em um ambiente estimulante, seguro e acolhedor. Vale lembrar que o fato de ter uma pessoa familiar junto à criança na educação infantil, possibilita à família conhecer melhor o local e o educador com quem a criança vai ficar. Geralmente isso faz com que todos adquiram maior segurança.

COMO A ADAPTAÇÃO ACONTECE NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

Essa fase inicial, em que criança, família e educador, estão se conhecendo, pode durar dias ou meses. Pensando melhor, sempre estarão se conhecendo. Por isso se diz que a adaptação, de certa forma, nunca termina. Digamos que há uma fase em que o desafio é maior. Para auxiliar nesse desafio, vamos ver um pouco mais como as crianças costumam reagir nesse período.
Embora haja muitas diferenças individuais, a partir dos seis ou oito meses de idade é comum os bebês não reagirem bem diante de pessoas estranhas e protestarem quando são separados daquelas que lhe são conhecidas. Isso é o que geralmente acontece quando o bebê chega ao centro de educação infantil pela primeira vez. Mesmo se for uma criança um pouco mais velha, a reação mais comum, é chorar e agarrar-se a pessoa que lhe é familiar. Em geral, os dois ou três anos de idade, os protestos parecem diminuir, pois a criança já compreende melhor a separação, consegue que os outros a entendam melhor e se envolve em brincadeiras com companheiros.
Para facilitar a integração da criança à instituição nos primeiros dias, seu ingresso pode acontecer de forma a aumentar gradualmente o tempo que ela fica ali. Nesse período, a presença de um dos pais ou familiares é importante para a criança, pois lhe transmite segurança lhe dá apoio para explorar e conhecer o novo ambiente.
Durante a adaptação, a educadora vai auxiliando a criança familiarizar-se com os novos horários de sono, alimentação e banho, buscando um equilíbrio dos seus hábitos e costumes, aproximando-os gradualmente até acomodá-los à rotina da instituição e na relação deles com sua educadora. As crianças, sobretudo as pequenas, têm poucos recursos para se expressar, visto que ainda não se comunicam verbalmente. Assim, manifestam seus sentimentos através do corpo. Durante o processo de adaptação à creche, elas vivenciam momentos de separação, insegurança e outros sentimentos que, nessa situação, podem desencadear diversos tipos de comportamentos. Ela estará expressando suas dificuldades e buscando o auxílio e cuidado do adulto. Além de chorar, ela pode adoecer frequentemente, recusar alimentos não dormir ou dormir demais etc.
Geralmente, os pais, por observarem essas reações, demonstram preocupação. Eles normalmente fazem as seguintes perguntas: “Minha filha dormiu bem hoje?”, “Meu filho comeu?”, “Ela chorou depois que eu saí?” Essas perguntas demonstram preocupações importantes, mas cabe esclarecer que esses comportamentos são formas muito comuns que a criança encontra para reagir frente às novas situações.
Algumas famílias acreditam que é preferível sair escondido quando deixam a criança na creche ou pré-escola, a fim de evitar seu choro. Em nossa opinião, é preferível que a criança veja e saiba que estão saindo, que expresse sua tristeza ou raiva e que seja consolada. Com o tempo ela vai perceber que voltam todos os dias para buscá-la.
É importante, nessa fase, que todos os pais e educadores, possam compreender e respeitar o momento da criança de conhecer o novo ambiente e estabelecer novas relações. Á medida que ela vai se integrando, podem ser percebidas as influências positivas de sua permanência em uma creche ou pré-escola que oferece boas condições para o seu desenvolvimento.


Texto extraído do Livro: 
ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde (org). Fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 1998. Páginas 43-47.
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